Comitiva de vereadores busca novos esclarecimentos sobre oncologia no Hospital de Taquara
Marisete destacou a importância da fiscalização dos parlamentares hamburguense, que se dividiram em dois grupos para visitar a instituição. “É importante vocês nos acompanharem e nos cobrarem. Vamos buscar atuar da melhor forma, mas todo esse processo de migração dos pacientes é uma construção. Aceitamos ideias e estamos abertos a isso”, disse. Ela também lembrou que o Hospital Bom Jesus é tombado historicamente, por isso algumas dificuldades em reformas, especialmente na fachada. Os profissionais ressaltaram que muitas coisas foram ditas sobre a instituição por falta de informação. “Temos a perna curta, mas fizemos muitas melhorias na estrutura, nos espaços físicos e no que tange os profissionais que trabalham aqui. Adquirimos novos instrumentos cirúrgicos e três carrinhos de anestesia. Ofertamos 20 leitos clínicos, 27 outros pré e pós cirúrgicos e 10 leitos de UTI”, informou Andressa.
O Hospital Bom Jesus é habilitado pelo SUS desde 2014. Ritter explicou que a tabela do Sistema é igual para todo o Brasil. “Para efetuar o trabalho recebemos o mesmo que uma instituição recebe lá na Paraíba. Os valores não são reajustados há muito tempo, e estamos, inclusive, discutindo isso. Mas dá para fazer e estamos mostrando isso. Por ser habilitado ao SUS, recebemos emendas parlamentares, os distribuidores dão desconto, temos deduções fiscais. Se pegar só a rubrica da tabela oncologia vai dar apertadinho”, explicou o diretor da Oncoprev.
Conforme Ritter, o estado procurou a instituição de Taquara justamente porque não tinham fila de espera em nenhum dos municípios que atendem. “Mostramos ao governo estadual as melhorias que fizemos e eles aprovaram”, complementou Andressa. Ela esclareceu que está disponível de 60 a 65 atendimentos por mês em oncologia para a cidade de Novo Hamburgo. No entanto, caso o número passe, a secretaria estadual de Saúde liga e avisa que, por algum motivo, houve mais casos naquele mês.
Os administradores falaram que entendem que o fator de deslocamento é novo para o município, mas que as outras cidades – Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha e Ivoti – já viviam esta realidade ao tratarem seus pacientes em Novo Hamburgo e já estão acostumados com a situação.
O diretor da Oncoprev falou, ainda, que até o final do mês de maio serão quase mil pacientes atendidos. “Fazemos o acolhimento e eles têm saído satisfeitos. Sempre terá algo para corrigir, claro. O importante é atender rápido. Vai ter o deslocamento, vai. Mas quantos ficaram na fila e não tiveram essa oportunidade. É ruim para um município próspero e grande não ter este serviço por determinação do Regina. Mas um dia pode ter de novo. Só queremos deixar claro que Taquara está dando conta”, informou.
Questionados sobre o vídeo que circula nas redes sociais no qual alguns pacientes esperam na chuva pelo atendimento, Ritter contou que foi em momento da chegada de um ônibus. “Vão chegar 40 pessoas juntas, vamos levar um tempo para fazer a papelada, mas há um bom espaço de acolhimento, tanto na clínica quanto no hospital”, garantiu a diretora executiva do Bom Jesus. “São ajustes finos que ainda estamos realizando”, ponderou.
O grupo de parlamentares que visitou o Hospital Bom Jesus nesta quarta também integra a Comissão Especial de acompanhamento da referência oncológica do SUS.
Leia também:
- Câmara reivindica revisão da transferência do atendimento oncológico para Taquara
Comissões especiais
Previstas pelo artigo 77 do Regimento Interno da Câmara, as comissões especiais do Legislativo hamburguense são constituídas para analisar matérias de relevância, podendo encaminhar a convocação de secretários municipais e diretores de autarquias, bem como promover audiência pública. Os grupos são compostos por no mínimo três membros, observando, sempre que possível, a proporcionalidade partidária. Com prazo determinado de encerramento, as comissões especiais são concluídas com a apresentação de relatório ou projetos de lei, resolução ou decreto legislativo.