Homenageadas 2022

por Maíra Kiefer última modificação 08/03/2022 23h17

1. Amanda Honorato Fernandes (Lourdes Valim)

Nascida em 1977, em Novo Hamburgo, a líder comunitária Amanda Honorato Fernandes faz trabalho social em vários bairros desde os seus 21 anos. De 1998 a 2003, direcionou a sua atuação voluntária a grupo de jovens, por meio de projetos de oficinas de teatro, dança, leitura, no intuito de proporcionar inclusão social. Há 15 anos, trabalha com crianças de dois a 10 anos na Escola Bíblica Infantil, na qual ensina educação cristã com atividades lúdicas, orientação pedagógica (através de suporte), prestando auxílio àqueles que sofreram traumas ou têm suas famílias abaladas por adversidades. Na política, tem se mostrado ativa, especialmente no Grupo Amigos da Comunidade.

2. Cristina Pletsch (Felipe Kuhn Braun)

Natural de Ivoti, Cristina Pletsch nasceu em julho de 1952. É formada em licenciatura plena Português/Inglês, pela Unisinos. Por dois anos, foi vice-presidente Cultural na Sociedade Aliança de Novo Hamburgo. Atuou em diversas escolas: EMEI Primavera, no Colégio São Luís, Colégio Santa Catarina e Colégio 25 de Julho, onde foi solista do coral por 10 anos.


3. Eliane Terezinha dos Santos (Vladi Lourenço)

Eliane Terezinha dos Santos nasceu no interior de Santo Antônio da Patrulha em 1962. No começo da década de 1980, mudou-se para o município de Novo Hamburgo e deu continuidade ao trabalho na área de contabilidade que já desenvolvia em sua cidade natal. Nesse período, descobriu um lar de idosos em condições bem precárias localizado no final da rua Campo Bom, no bairro Canudos. Juntamente ao marido, Eliane começou a realizar trabalho voluntário no local, distribuindo, inclusive, almoços para todos os internos aos domingos. A dedicação e esforço chegaram aos ouvidos da primeira-dama da época, Dona Ercita, esposa do então prefeito Atalíbio Antônio Foscarini. Nesse mesmo período, Eliane formou-se técnica em Enfermagem, e, no dia 13 de março de 1993, a voluntária passou a comandar um novo espaço de acolhimento, o Lar Doce Lar Vô Janga, que atualmente conta com 39 internos e 18 funcionários.


4. Graziela Marisa Pruch Gonçalves (Enio Brizola)

 

Natural de Novo Hamburgo, Graziela Marisa Pruch Gonçalves transformou o luto pela perda da filha Penélope, de apenas 14 anos, após acidente de trânsito em 2021, em coragem para auxiliar crianças e mulheres que sofrem violência sexual. Penélope Daniela Gonçalves sofreu violência sexual desde os 12 anos de idade e suportou por meses as ameaça do abusador para manter em sigilo a violência que passava. Apenas em agosto de 2020, Penélope, na época com 13 anos, conseguiu contar para família sobre os abusos. Fundadora do Acolha Penélope, tomou todas as medidas legais, acionando o Conselho Tutelar, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Novo Hamburgo (CREAS) e também solicitando o agendamento de perícia de lesão corporal e psicológica ao Centro de Referência em Atendimento Infanto Juvenil (CRAI) localizado até então apenas no município de Canoas. A jovem faleceu sem conseguir o atendimento de lesão corporal e psicológica no CRAI. A partir disso, Graziela transformou o sentimento de injustiça pela negligência do Estado com relação a tantas pessoas vítimas de violência que aguardam atendimento e criou o Movimento Acolha Penélope.

5. Jacinta Rubenich da Costa (Gerson Peteffi)

Natural de Ivoti, Jacinta Rubenich da Costa vive há 43 anos em Novo Hamburgo. Sua trajetória foi marcada pela solidariedade e dedicação a várias comunidades: no círculo de pais e mestres na Escola Alfredo Clemente Pinto, na paróquia São José, na qual dedica-se à direção e conselho paroquial, e na coordenação do Grupo de Idosos do Primavera. Participa ativamente como voluntária dos trabalhos relacionados à Pastoral da Criança. Essa vocação se mostrou desde a juventude, com olhar atencioso a crianças e idosos.


6. Liliane Teresinha Adriano (Raizer Ferreira)

Liliane Teresinha Adriano dedicou 18 anos de sua vida ao Grupo Caritas da Igreja São José do Operário. A entidade, que atende moradores em vulnerabilidade social em Canudos, presta serviço social a 1,2 mil pessoas cadastradas. Ao longo de quase duas décadas, Liliane coordenou o grupo, realizou visitas conhecendo a realidade de cada família. Todos os sábados são realizados os projetos, dentre eles, os cursos profissionalizantes, palestras, encaminhamentos para agências de emprego, feiras para doações de vestuários, além das distribuições de cestas básicas para os grupos familiares vinculados à entidade, bem como, empréstimos de cadeiras de rodas, muletas e camas hospitalares para os necessitados.


7. Lucila Franzen -  (Semilda - Tita)

Natural de Picada Café, Lucila Klauck Franzen nasceu em julho de 1939, sendo a homenageada mais idosa a receber o Título Mulher Cidadã na edição de 2022. Com oito anos de idade, mudou-se com a família para Novo Hamburgo, onde reside até hoje. Realizou as atividades profissionais de cuidadora, secretária e, por 21 anos, trabalhou no setor de contabilidade da Empresa Becker. Durante 25 anos, foi presidente do Clube dos Idosos do Bairro Primavera, onde desenvolveu um importante trabalho de socialização e integração.


8. Marilde dos Santos Martins (Darlan Oliveira)

Nascida em Palmitinho, em 1971, Marilde dos Santos Martins mudou-se para Novo Hamburgo aos 12 anos. A dedicação ao trabalho social rendeu a ela o apelido de “Tia da Rua”. Com o auxílio de seu filho, distribuía à noite comida para moradores carentes, empenhando-se na tarefa por sete anos. Ao transferir sua moradia para Vila Diehl, na localidade da Vilinha, sensibilizou-se com a situação de vulnerabilidade vivida por parte da comunidade do local. Por isso, decidiu oferecer almoços, especialmente para as crianças, às terças e quintas-feiras. Cerca de 60 marmitas são distribuídas para os inscritos no projeto, que gradualmente vem ampliando sua abrangência. Para tornar a iniciativa possível, Marilde, conhecida também como Nega, busca doações de alimentos e apoio de parceiros que assim como ela compartilhem o sonho de alimentar o maior número de crianças e jovens.


9. Realda Frohlich (Cristiano Coller)

 Nascida em 1987 na zona rural de Santa Catarina, na época distrito de Bandeirante, de pais gaúchos que foram em busca de novas oportunidades, Realda Frohlich viveu nessa comunidade até 1993, quando a família mudou-se para o bairro Operário. Em 2010, ingressou por concurso público na Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo. Por oito anos trabalhou na Unidade Básica de Saúde do bairro Santo Afonso, sendo transferida depois para o Hospital Municipal. Sua trajetória na área foi sempre marcada pela empatia e profissionalismo, acolhendo pacientes e familiares e os auxiliando nos momentos difíceis.

10. Silvia Berigula (Gustavo Finck)

Aos 17 anos de idade, Silvia Berigula veio do município de Alpestre para Novo Hamburgo com o objetivo de cuidar dos sobrinhos. Encantada com o lugar, firmou-se na cidade. Com formação de Técnica em Segurança do Trabalho, pela Escola Liberato, trabalha há mais de 11 anos na área da saúde. Sua trajetória iniciou no Hospital Municipal, onde permaneceu por seis meses. Após, ingressou na UBS Santo Afonso, onde se dedica, com profissionalismo e empenho, há mais de uma década ao atendimento dos moradores.


11. Veraide Eloí Gehm Hinkel (Ricardo Ritter – Ica)

Nascida em 1960, em Novo Hamburgo, Veraide Eloí Gehm Hinkel precisou deixar os estudos ainda pequena para auxiliar a família com as despesas do lar, compartilhado com os pais e oito irmãos. Aos 11 anos, trabalhava com faxinas, e três anos depois conseguiu o primeiro registro na carteira. Novas oportunidades em áreas distintas a levaram para Confeitaria Schein e Relojoaria Universal. O trabalho social esteve muito presente durante toda a sua vida, primeiro sendo ajudada por pessoas que se tornaram relevantes para a sua própria formação e, posteriormente, sendo a sua vez de ajudar. A Comunidade Evangélica de Confissão Luterana Bom Pastor, no Bairro Rondônia, foi a sua âncora em todos os momentos da vida. Trabalhou no voluntariado da assistência social da comunidade por muitos anos, e foi presidente da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE). Além do serviço comunitário específico, integra os projetos propostos pela Associação Evangélica de Ação Social – AEVAS, em Novo Hamburgo, junto ao marido.