Sindicato municipal reforça manifestações nacionais contra bloqueio orçamentário na educação

por Luís Francisco Caselani última modificação 21/05/2019 00h52
20/05/2019 – Convidado pelo vereador Enio Brizola (PT), o presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SindProfNH), Gabriel Ferreira, ocupou a tribuna durante a sessão desta segunda-feira, 20 de maio, para salientar a mobilização de professores e alunos que tomaram ruas de todo o país na última quarta, dia 15, reivindicando melhorias na educação. A manifestação, que já vinha sendo organizada, foi potencializada com o anúncio de congelamento de recursos na área na ordem de R$ 7,3 bilhões.
Sindicato municipal reforça manifestações nacionais contra bloqueio orçamentário na educação

Foto: Jaime Freitas/CMNH

Em Novo Hamburgo, os protestos também tiveram adesão. Ferreira destacou a historicidade do movimento, que atraiu milhões de pessoas. “Os professores são os mais atacados pela reforma da previdência. Logo o educador, que deveria ser um dos atores para o futuro da nação a partir da ação das escolas junto às crianças e adolescentes. Essa data foi fortalecida após o anúncio de cortes na área. Esses valores estão suspensos e não há garantia de que serão liberados no futuro. Queremos defender uma educação de qualidade, com investimentos em estrutura, novas escolas, institutos e universidades federais, e valorizando os professores com carreiras decentes”, defendeu.

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A vice-presidente do SindProfNH, Marcia Fernandes, salientou que o Brasil tem sofrido seguidos baques no ensino. “A educação já foi atacada com a PEC 95, que congela por 20 anos os recursos destinados ao setor. E agora vem o ataque dos cortes. Os resultados já estão sendo vistos. Gostaríamos de saber como um país se desenvolve sem investimento em educação. Gostaria que apontassem qual o país do mundo que se desenvolveu humana e economicamente sem investir em educação. Nosso sonho é vermos nossos alunos caminhando para entrarem em uma universidade federal. Esses cortes vão atacar profundamente nossa educação pública de qualidade”, lamentou a professora de geografia.

Reposição salarial

O presidente Gabriel Ferreira aproveitou o espaço para reiterar o descontentamento da categoria com o anúncio do Executivo hamburguense de parcelar a reposição salarial dos servidores municipais. De acordo com o Projeto de Lei nº 30/2019, a revisão anual do funcionalismo obedecerá índice de 2% retroativo a 1º de abril e será integralizada apenas a partir de outubro, com a concessão dos 2,66% restantes. “Reforçamos que somos contrários ao parcelamento, conforme decidido em assembleia pelos professores. Nós já passamos por essas perdas em anos recentes, perdas que não serão repostas”, argumentou.

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