Sindicato dos Professores critica parcelamento do dissídio e pede reabertura das negociações

por Luís Francisco Caselani última modificação 09/05/2019 13h17
06/05/2019 – A convite do presidente da Comissão de Educação da Câmara, vereador Felipe Kuhn Braun (PDT), o presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SindProfNH), Gabriel Ferreira, fez uso da tribuna na noite desta segunda-feira, 6 de maio, para criticar a proposta de concessão da reposição salarial dos servidores públicos de forma parcelada. Conforme o docente, a Prefeitura sinaliza com o índice de 2% a partir do mês de abril, data-base da revisão para o funcionalismo municipal hamburguense, aos quais seriam somados outros 2,66% a partir de outubro. A proposta é fundamentada na variação inflacionária registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Sindicato dos Professores critica parcelamento do dissídio e pede reabertura das negociações

Foto: Tatiane Lopes/CMNH

Ferreira lembrou que Novo Hamburgo enfrentou um movimento forte de professores em 2015 em razão de um projeto de dissídio parcelado e afirmou que a posição do Executivo deixou os servidores espantados. “O índice já é baixo. Sabemos que a gasolina e os alimentos básicos cresceram além disso. Essa é uma perda considerável para os professores. A Prefeitura está ficando para si com o dinheiro que é de direito dos servidores. Queremos o valor integral. Queremos que nosso poder de compra seja reposto”, salientou.

O sindicalista também pediu o intermédio da Câmara para a reabertura dos debates com a equipe da prefeita Fátima Daudt. “Queremos discutir alternativas para essa proposta que foi feita. A culpa da crise não é do servidor público. Além de termos um plano de carreira rebaixado, que não valoriza a capacitação, estamos enfrentando o dissídio parcelado. Novo Hamburgo já foi o destino dos professores. Hoje, a cidade é um lugar de passagem”, finalizou. O presidente do Legislativo, Raul Cassel (MDB), alertou que o projeto que dispõe sobre o dissídio ainda não foi protocolado na Câmara, mas destacou que diálogos com o Executivo poderão ser mediados.

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