CPI do Transporte Público de Novo Hamburgo realiza quarta oitiva

por Jaime Freitas última modificação 20/06/2024 19h50
20/06/2024 – Na tarde desta quinta-feira, 20, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público de Novo Hamburgo realizou sua quarta oitiva, prosseguindo com as investigações sobre os desafios enfrentados no sistema de transporte coletivo municipal. A sessão contou com a participação do diretor-geral da Companhia Municipal de Urbanismo (Comur), Diego Martinez, e do diretor administrativo-financeiro, Gustavo Zott, que foram questionados pelos vereadores, entre outros pontos, sobre o sistema de bilhetagem eletrônica.
CPI do Transporte Público de Novo Hamburgo realiza quarta oitiva

Fotos: Maíra Kiefer/CMNH

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Durante a oitiva, os diretores responderam a uma série de perguntas detalhadas, apresentadas pelos membros da CPI, buscando elucidar possíveis falhas e melhorias no serviço. A discussão girou em torno da eficiência do sistema, custos operacionais e impactos para os usuários.

O objetivo principal da CPI é identificar e solucionar os problemas enfrentados pelos cidadãos no uso do transporte público. A investigação foca em áreas como pontualidade dos ônibus, condições dos veículos e transparência na administração dos recursos públicos. A mesa diretiva, composta pelo presidente do colegiado, Inspetor Luz (PP), o relator Raizer Ferreira (PSDB) e o secretário Enio Brizola (PT), conduziu os trabalhos.

Inspetor Luz foi o primeiro a se manifestar. Ele ressaltou a importância da transparência e da prestação de contas à população. “Nosso compromisso é com a melhoria do serviço de transporte público e a satisfação dos usuários. Precisamos de respostas claras e soluções práticas para os problemas que vêm sendo apontados”, afirmou Luz durante a sessão.

Diego Martinez destacou a importância da modernização no sistema de transporte público. “A bilhetagem eletrônica é um avanço necessário para melhorar a eficiência e a transparência no transporte público, com tecnologias modernas, como cartões com chips de aproximação e aplicativos móveis. Estamos trabalhando para corrigir as falhas identificadas e proporcionar um serviço de qualidade para a população”, explicou Martinez.

Luz ainda questionou os benefícios dessas novidades. O diretor-geral da Comur disse que toda mudança gera inicialmente um desconforto. “Passadas mais de três décadas com o mesmo modelo de serviço, foi apresentado um novo sistema, o que gerou desconfortos iniciais aos usuários. Somos conhecedores dos desafios que enfrentamos no dia a dia com essa novidade, mas o serviço vem sendo reconhecido por uma grande parte da população como uma melhoria significativa”, informou.

O relator Raizer Ferreira destacou a necessidade de um sistema de bilhetagem eletrônica eficiente e confiável. “A tecnologia deve facilitar a vida dos usuários, não complicá-la. Queremos entender os desafios técnicos e administrativos para propor mudanças que realmente façam a diferença. O que, de fato, essa bilhetagem melhorou para o usuário?”, perguntou o edil.

“Em um sistema de tecnologia, podemos aferir o tempo adequado de acordo com o itinerário dos ônibus. A operadora deve trabalhar com os dados repassados pela Comur para adequar o fluxo do transporte público, o que ocasionará em melhorias desse sistema”, disse Martinez. Ainda respondendo a uma questão do vereador Raizer, o diretor-geral disse que a Comur não participa da gestão do transporte coletivo na cidade.

O secretário Enio Brizola, no início de sua manifestação, perguntou ao depoente como são montadas as grades de roteiro no sistema MixMob. Martinez informou que a composição cabe à Diretoria de Transporte Público da Prefeitura. Sobre os motoristas, Brizola quis saber sobre o tempo de treinamento dedicado aos profissionais do MixMob. “Esses motoristas possuem algum suporte em tempo real? Quando há um problema na roleta, quem resolve isso?” O diretor da Comur relatou que, quando o problema é no cartão, cabe à Comur a solução do problema. “Temos um número telefônico com atendentes habilitados para atendimento de qualquer tipo de situação emergencial que surja”, frisou. Sobre o tempo de treinamento dado aos motoristas, Diego Martinez não soube responder.

A vereadora Lourdes Valim (Republicanos), membro da comissão, perguntou quantos dos ônibus que possuem o sistema de leitor de cartão estão funcionando. “Todos os que estão em circulação”, garantiu Martinez. Lourdes informou ter recebido relatos de usuários que possuem cartões com carga que não estão passando no sistema. “Até o momento, temos o registro de apenas duas situações em que esses problemas aconteceram. Temos um serviço de ouvidoria, de atendimento telefônico, para qualquer reclamação. Esses dois que comentei foram resolvidos rapidamente”, relatou o diretor-geral, que ainda informou que o número de usuários com cartões supera 21 mil.

“O que mais queremos é que o sistema funcione”, disse o membro do colegiado Ricardo Ritter – Ica (MDB). O parlamentar perguntou se a empresa, responsável pela venda de passagens do cartão MixMob, oferece a aquisição do cartão/carga de passagens por pix. “Sim, é possível. O nosso número de atendimento pelo WhatsApp é o (51) 3035-2866”, informou o diretor-geral da Comur, Diego Martinez.

Mais informações sobre o MixMob no link (clique aqui).

Como aconteceu nas oitivas anteriores, os parlamentares aprovaram um espaço de fala para manifestação popular. A diarista Maria Emilia Cardoso Machado ocupou a tribuna para relatar, antes das falas dos depoentes, os dramas que tem passado e disse ter esperança de que o transporte público melhore para todos os usuários.

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