Vereadores aprovam voto de pesar pelo falecimento do servidor Marlon Aziz
“É com pesar que recebemos a notícia do falecimento de Marlon Ibrahim Aziz. Por considerarmos que ele deixa saudade no coração de seus familiares e amigos, oferecemos nossa solidariedade, na esperança de que encontrem as forças necessárias para superar o momento difícil e triste”, subscrevem os autores.
Na sexta-feira, 19, a Câmara já havia decretado luto oficial de três dias. No texto, o presidente Gerson Peteffi (MDB) destacou a relevância dos serviços prestados e a dedicação e honradez com que Marlon cumpria suas obrigações. Nascido em 28 de novembro de 1982 no município de Birigui, no interior de São Paulo, o servidor iniciou sua trajetória na Câmara em agosto de 2009, aprovado em concurso público para o cargo de segurança. “Cidadão honrado e dedicado ao seu trabalho, foi um exemplo de seriedade e boa conduta frente aos desafios que sua função exigia no dia a dia”, pronunciou-se Peteffi após o ocorrido.
No plenário, diversos vereadores prestaram suas condolências aos familiares presentes – o irmão Rodrigo Aziz e a cunhada Priscila Oliveira – e enalteceram a grandeza de caráter e a simpatia com que Marlon tratava a todos que visitavam e trabalhavam na Câmara. O primeiro-secretário da Mesa Diretora, Ricardo Ritter – Ica (MDB), iniciou as manifestações lembrando a atuação do segurança em momentos de maior tensão na história recente do Parlamento, como na votação do projeto de lei que atualizou a planilha de valores venais para cálculo do IPTU. “A vida é um sopro. Na semana passada, tínhamos aqui o colega trabalhando, altivamente como sempre. Uma pessoa calma, discreta e muito eficiente. Minhas palavras são de reconhecimento ao excelente trabalho que realizava. Merece todas as homenagens possíveis”, comentou.
Enio Brizola (PT) salientou a perda não apenas de um colega, mas de um companheiro. “Uma pessoa que fez de seu trabalho um lugar também de muitas amizades. Hoje está sendo um dia difícil para todos nós, mas certamente o Marlon está seguindo na luz e assim permanecerá, pois é um ser de luz. Fará muita falta sempre, meu camarada.”
Presidente da Câmara em 2021, Raizer Ferreira (PSDB) ressaltou sua dedicação ao trabalho, seu carisma e sua facilidade em atribuir apelidos carinhosos a todos os seus colegas. “Certo dia, falando de política, ele decidiu que me chamaria de ‘senador’. Nunca vou esquecer. Toda vez que entrava aqui, ele me cumprimentava e falava: ‘esta Casa está toda disponível para você. Fique à vontade, meu senador’. E eu ria com ele. Marlon foi um grande amigo, que fará uma falta muito grande aqui nesta Casa. Fica nosso abraço à família e que Deus possa confortar o coração de vocês”, desejou.
Felipe Kuhn Braun (PSDB) também fez menção ao lado espirituoso e “brincalhão” de Marlon. “No dia de seu falecimento, recebi a visita de dois alemães, e ele disse: ‘deixa que eu traduzo’. Essa forma irreverente dele, mesmo comprometido com o trabalho, deixava as coisas leves em um ambiente que por vezes é pesado. O Marlon se dedicava muito a esta Casa, sempre presente e cuidando da gente. Prestava um trabalho com muito carinho e empenho”, enfatizou.
Cristiano Coller (PP) relembrou seu último contato com o servidor, no final da tarde do dia 18. “Isso nos faz pensar como a nossa vida é um sopro. E assim infelizmente foi com o Marlon. Um cara muito gente boa, que de vez em quando ia ao nosso gabinete fazer uma visita, conversar conosco e tomar um café. Ele deixou um grande legado de amizades aqui na Câmara”, sublinhou Coller, que lamentou também o falecimento nesta segunda-feira do cidadão Cláudio Martins, frequentador assíduo das sessões da Câmara.
“Marlon sabia a hora de brincar e de fazer muito bem seu trabalho, sempre dedicado. Sentiremos sua falta, mas com boas lembranças”, continuou Tita (PSDB). “Não havia uma pessoa que não gostasse de seu jeito. Aquela simpatia, sempre sorrindo para a gente. Só tenho gratidão por tê-lo conhecido. Um homem honesto, guerreiro e amigo de todo mundo”, acrescentou Lourdes Valim (Republicanos).
Substituindo o presidente Gerson Peteffi, em licença por motivos particulares, Andiara Zanella (MDB) disse que, apesar da pouca convivência, pôde identificar em Marlon uma pessoa solícita, querida e respeitosa. “E vemos pelas fotos exibidas no telão que isso não se restringia apenas ao ambiente profissional, mantendo uma relação amistosa com os colegas mesmo fora do trabalho”, avaliou.
Foi justamente em uma dessas situações que Marlon se despediu, jogando futebol com um grupo de servidores da Câmara. Participante de diversas dessas confraternizações esportivas, o vereador Gustavo Finck (PP) lamentou a perda do amigo. “Naquele dia, não me senti bem para ir ao jogo e fiquei por casa. Parecia um presságio. Recebi essa triste notícia. O Marlon foi sempre um amigo, que ficava depois dos jogos para conversar conosco. Deixo nossos sentimentos, em nome do grupo do futebol.”
Fernando Lourenço (Solidariedade) caracterizou Marlon como um indivíduo capaz de contagiar positivamente qualquer ambiente onde estivesse presente. “Uma pessoa do bem, com o seu jeito às vezes até tímido, mas de extrema competência no trabalho, dando amparo a todos nós. O legado que ele deixa é de extrema relevância. Que a família tenha muita coragem para enfrentar a dor dos próximos dias. Muita luz para esse amigo que Deus chamou”, contribuiu.
Presidindo os trabalhos na ausência de Peteffi, Ito Luciano (Podemos) encerrou as homenagens com um último pronunciamento. “Apesar de tímido e discreto, era uma pessoa maravilhosa, que se relacionava bem com todo mundo, e um cara de muita coragem. Em todos os problemas que aconteceram aqui neste plenário, era ele quem tomava a frente, cumprindo seu papel”, finalizou.