Em reunião com a Smed, comunidade da EMEF Washington Luiz volta a pedir nova área coberta
O assunto já havia sido tratado diretamente com a titular da Smed, Maristela Guasselli, em encontro no início do mês. A nova reunião, contudo, permitiu que a comunidade escolar expusesse diretamente a integrantes da equipe pedagógica da pasta a influência da falta do espaço no cotidiano dos alunos. Além de um ambiente mais adequado para alimentação, sem a necessidade de ocupar uma sala de aula, a estrutura também impedia que as crianças sofressem com a chuva tanto na chegada quanto na saída da escola. A diretora Sabrina do Rosário alertou que o pedido já foi formalizado junto à secretaria.
Saiba mais:
- Comunidade da EMEF Washington Luiz pede nova área coberta para a escola
- Secretária de Educação apresenta trabalho da pasta aos integrantes da Coedu
A gerente de Educação Integrada da Smed, Tânia Donaduzzi, avisou que a reivindicação será levada adiante, mas não pôde garantir sua solução ainda para 2019. A assessora pedagógica Vanessa Trierweiler lembrou que a Prefeitura possui um orçamento já aprovado para o ano e que seria necessária uma análise sobre a viabilidade financeira da obra. Integrante da Associação de Pais e Mestres (Apemem), Neiva Ferreira destacou que a entidade está disposta a tentar uma parceria com o poder público, se necessário. “É um espaço que dará conforto aos nossos filhos, que permitirá que eles tenham um ambiente para suas refeições”, apontou.
Os pais propuseram que a Prefeitura se encarregue do projeto executivo e da cessão dos materiais necessários para a construção, deixando a mão de obra sob a responsabilidade da Apemem. Eles ainda pediram um olhar especial para a escola, em razão do trabalho desenvolvido com os alunos e o forte engajamento das famílias. O presidente da Coedu, Felipe Kuhn Braun (PDT), solicitou que a Smed analise o pedido com brevidade. “O maior desejo da comunidade escolar é saber se há a possibilidade de realização da obra ainda este ano”, corroborou. Caso não seja viável, o parlamentar antecipou que encaminhará emenda ao orçamento do Município para 2020 indicando a realização da melhoria.
Projeto científico
Aproveitando a presença de integrantes da Smed – envolvida com as repercussões da chuva que atingiu Novo Hamburgo na noite do dia 8, a secretária Maristela não pôde comparecer –, a comunidade da EMEF Washington Luiz também destacou outras demandas, que incluíam desde problemas na rede elétrica do prédio até a má trafegabilidade das vias que levam à escola. Uma das situações apresentadas refere-se à participação de quatro alunos do 6º ano na Expo Nacional Milset Brasil, feira científica que será realizada em Fortaleza no mês de maio. Vencedores do Prêmio Cientista Júnior em 2018, concedido pela Câmara às quatro pesquisas com melhor avaliação entre as escolas hamburguenses na Mostratec Júnior, eles desejam levar à capital cearense os estudantes responsáveis pela apresentação do trabalho.
Como a Resolução nº 12/2017 prevê financiamento para a apresentação do projeto em outra feira nacional apenas para dois alunos e um professor-orientador, o grupo busca recursos para viabilizar a participação de todos. A orientadora Jaqueline Fisch frisou a importância de valorizar os jovens pesquisadores. “Queremos ver se há possibilidade de a Smed colaborar para que levemos essa pesquisa. Somos a única escola municipal credenciada. Estaremos carregando a bandeira do Município”, argumentou. Vanessa contou que não foi encontrado nenhum protocolo solicitando o subsídio. “A escola deve fazer essa formalização o quanto antes”, complementou Tânia.
O projeto
Partindo da premissa de que o saneamento básico deve ser igual para todos, Enzo da Silva, Gustavo Matana, Julia Haack e Pedro Linck da Silva, então estudantes do 5º ano da EMEF Washington Luiz, promoveram uma pesquisa traçando um panorama sobre as estruturas disponibilizadas em diferentes áreas da cidade. Através de conversas com moradores e profissionais, registros fotográficos, pesquisas e leituras, o grupo chegou à conclusão de que a zona urbana possui mais recursos e melhor infraestrutura, enquanto, na zona rural, as pessoas buscam estratégias alternativas, procurando melhoria da qualidade de vida.
O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Coedu se reúne às segundas-feiras, a partir das 15 horas, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.