Comissão de Direitos Humanos vistoria obras do Anexo 2 do Hospital Municipal
Presidente da Codir, o vereador Enio Brizola (PT) antecipou, no entanto, que o retorno dos serviços não depende apenas da conclusão do Anexo 2, prevista para o final de 2024. O parlamentar mencionou a necessidade de adequações no projeto, além da captação de verbas para equipamentos e a contratação de profissionais especializados. “Não acreditamos que, em menos de dois anos, recebamos a oncologia, o que nos remete a outro desafio: construir alternativas junto ao Ministério da Saúde e o Governo do Estado. Novo Hamburgo não pode ficar sem esse tratamento aqui, porque a logística de transporte impacta muito na qualidade da recuperação do paciente”, pontuou.
Em março, a comissão visitou o Hospital Bom Jesus para acompanhar o trabalho realizado pela nova referência e conversar com os cidadãos que se deslocam ao Vale do Paranhana para a continuidade de seus tratamentos. A principal reclamação, reiterada em carta encaminhada pela Liga Feminina de Combate ao Câncer, é justamente a questão da distância percorrida em busca do atendimento. Como os pacientes vão todos em uma van, é necessário aguardar o encerramento das consultas do dia antes da viagem de volta. “A pessoa faz quimioterapia e só pode retornar no final da tarde. São cerca de nove horas entre a saída e a chegada, com parte do período esperando em um banco do lado de fora do hospital. Por isso esta nossa luta pela retomada do serviço em Novo Hamburgo”, explicou Lourdes Valim (Republicanos), secretária da Codir.
“Não é que lá em Taquara eles são mal atendidos. É a distância. São pessoas sofrendo com mal-estar logo após seus atendimentos e que ainda precisam viajar mais quantos quilômetros até chegar aqui. Com essa obra, se tudo der certo, teremos a oncologia totalmente SUS aqui no Hospital Municipal”, acrescentou a relatora Tita (PSDB). No próximo dia 10, a luta pela retomada do tratamento oncológico em Novo Hamburgo terá um novo capítulo na Câmara. Por iniciativa da Codir, será aberto espaço de fala na sessão para a presidente da Liga, Regina Dau, que trará um relato pormenorizado da situação enfrentada pelos pacientes com câncer desde a transferência do atendimento para Taquara.
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Anexo 2
Com 8% dos trabalhos executados, o Anexo 2 começa a tomar forma aos poucos. No final de abril, a Prefeitura anunciou a conclusão das estruturas de fundação do prédio e o início da concretagem da laje do piso do primeiro pavimento. Com cinco andares e mais de 5,1 mil metros quadrados de área construída, o novo espaço deve abrigar 82 leitos, seis salas cirúrgicas e a implantação de serviços como endoscopia e centro de diagnóstico por imagem. O investimento total ultrapassa R$ 23 milhões.
Fiscal da obra, a engenheira civil da Prefeitura Valdirene da Silva ressaltou que o prédio já conta com plano de prevenção e proteção contra incêndios (PPCI) aprovado e explicou que a estrutura terá ligação com outras unidades do Hospital Municipal. “Serão leitos a mais que a cidade terá à disposição. Uma estrutura tecnologicamente atualizada para receber os pacientes de Novo Hamburgo”, comemorou Brizola. “Ficamos muito contentes com a evolução da obra”, finalizou Tita, que também integra a Comissão de Saúde do Legislativo.
O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa do Consumidor se reúne às segundas-feiras, a partir das 15h30, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.
Confira imagens da vistoria: