Em vista criação do Dia Municipal da Marcha para Jesus

por liceopiovesan — última modificação 16/10/2020 20h00
25/05/2015 – Em vista por três dias o Projeto de Lei nº 2/2015, do Executivo, que institui no Calendário Oficial de Eventos do Município o Dia Municipal da Marcha para Jesus, Contra as Drogas em Favor da Família. O pedido foi feito por Antonio Lucas (PDT). A proposta estava na pauta desta segunda-feira, 25, para ser apreciada em segundo turno.

O projeto prevê que manifestação deve ser realizada, anualmente, na semana do aniversário de Novo Hamburgo. De acordo com a justificativa, a primeira Marcha para Jesus foi em 1987, em Londres, Inglaterra, uma iniciativa do pastor Roger Forster. Hoje, é realizada em mais de cem países e reúne diversas denominações. “No ano de 1993, o Brasil realiza a sua primeira edição do evento, sob a orientação de várias igrejas da capital paulista (…) É a marcha por justiça social, por menos desigualdades, pela distribuição de renda mais justa, é a marcha dos excluídos.”

Emenda

Sergio Hanich (PMDB) apresentou emenda que suprime o parágrafo único do artigo 1º e o artigo 2º. São eles: “Parágrafo único: O dia poderá ser definido mediante Decreto do Poder Executivo” e “Artigo 2°: As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas quando necessário”.

Segundo o vereador, o caput do artigo 1º já estipula a data da realização do evento, justificando, assim, a proposta de supressão do parágrafo único. E a retirada do artigo 2º, prossegue, justifica-se pelo fato de ser cláusula desnecessária, “visto que se presume que a realização do evento não deve gerar ônus ao erário”.

Críticas

A secretária de Direitos Humanos do Partido Socialismo e Liberdade, Luiza Eduarda dos Santos, usou a tribuna nesta segunda para criticar a proposta. Segundo a jornalista e ativista, a proposta viola a Constituição Federal, que expressa a liberdade de culto. Ela apontou ainda que o fundamentalismo cristão representa um perigo à sociedade, por propagar um discurso de ódio e criminalizar minorias. “Um estado secular trata todos os seus cidadãos igualmente.”

Luiza apontou ainda que políticas relacionadas às drogas devem ser debatidas de forma racional.

Participe você também

Durante as sessões, pessoas previamente inscritas, visitantes e pessoas convocadas para prestar informações podem falar no espaço chamado Tribuna Popular. De acordo com o Regimento Interno, a palavra só pode ser concedida pelo Presidente da Câmara. As inscrições para utilizar o espaço podem ser feitas na Secretaria, por meio do preenchimento de uma solicitação, que vai passar por aprovação do Presidente. As datas serão estabelecidas de acordo com a agenda.