03/08/2010 - Betinho destaca luta das mulheres negras
Uma moção que aplaude a Coordenadoria de Políticas
Públicas para a Promoção da Igualdade Racial de Novo Hamburgo pela
realização do 2º Seminário Municipal em homenagem ao Dia Internacional
das Mulheres Negras, de autoria de Gilberto Koch (PT), foi aprovada por
unanimidade na sessão desta terça-feira, 3.
"O Dia Internacional
da Mulher Negra na América Latina e no Caribe já é celebrado há 18
anos. Porém, ainda é apenas um registro simbólico de que ainda é
preciso lutar pelo desenvolvimento daquelas que, segundo os dados do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), recebem
salário inferior aos homens, têm maior presença no mercado informal e
ainda enfrentam dupla jornada de trabalho", explicou Betinho.
Existe,
segundo o vereador, uma diferença significativa entre a remuneração da
mulher branca e a da mulher negra. "A primeira recebe, em média, 4,6
salários mínimos, enquanto a segunda, apenas 1,9 salário mínimo, de
acordo com os dados do levantamento da secretaria Especial de Política
para as Mulheres, feita com base na Pesquisa Mensal de Emprego,
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
no período de julho a setembro de 2005", frisou. "O trabalho doméstico
é uma das principais formas de inserção das mulheres negras no mercado
de trabalho."
O vereador destaca que a data tem como objetivo
lembrar que a mulher negra tem a menor taxa de escolarização, o menor
acesso ao nível superior, o maior número de mortes por aborto – e,
claro, incentivar a busca por mudanças. "Apesar disso, existem
histórias de mulheres negras bem sucedidas. Alvos de duplo preconceito,
elas têm histórias de luta, coragem e resistência e, em suas batalhas
cotidianas, dão sua contribuição para a construção de uma sociedade
mais justa e igualitária."
História
Em 25 de julho de
1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e
Afro-caribenhas, em Santo Domingo (República Dominicana), definiu-se
que este dia seria o marco internacional da luta e resistência da
mulher negra. Desde então, vários setores da sociedade têm atuado para
consolidar e dar visibilidade a essa data, tendo em conta a condição de
opressão de gênero, raça e etnia vivida pelas mulheres negras
latino-americanas e caribenhas.
03/08/2010