03/08/2010 - Betinho destaca luta das mulheres negras

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h53
Moção aplaude Coordenadoria para a Promoção da Igualdade Racial

Uma moção que aplaude a Coordenadoria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial de Novo Hamburgo pela realização do 2º Seminário Municipal em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres Negras, de autoria de Gilberto Koch (PT), foi aprovada por unanimidade na sessão desta terça-feira, 3.

"O Dia Internacional da Mulher Negra na América Latina e no Caribe já é celebrado há 18 anos. Porém, ainda é apenas um registro simbólico de que ainda é preciso lutar pelo desenvolvimento daquelas que, segundo os dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), recebem salário inferior aos homens, têm maior presença no mercado informal e ainda enfrentam dupla jornada de trabalho", explicou Betinho.

Existe, segundo o vereador, uma diferença significativa entre a remuneração da mulher branca e a da mulher negra. "A primeira recebe, em média, 4,6 salários mínimos, enquanto a segunda, apenas 1,9 salário mínimo, de acordo com os dados do levantamento da secretaria Especial de Política para as Mulheres, feita com base na Pesquisa Mensal de Emprego, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de julho a setembro de 2005", frisou. "O trabalho doméstico é uma das principais formas de inserção das mulheres negras no mercado de trabalho."

O vereador destaca que a data tem como objetivo lembrar que a mulher negra tem a menor taxa de escolarização, o menor acesso ao nível superior, o maior número de mortes por aborto – e, claro, incentivar a busca por mudanças. "Apesar disso, existem histórias de mulheres negras bem sucedidas. Alvos de duplo preconceito, elas têm histórias de luta, coragem e resistência e, em suas batalhas cotidianas, dão sua contribuição para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária."

História
Em 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingo (República Dominicana), definiu-se que este dia seria o marco internacional da luta e resistência da mulher negra. Desde então, vários setores da sociedade têm atuado para consolidar e dar visibilidade a essa data, tendo em conta a condição de opressão de gênero, raça e etnia vivida pelas mulheres negras latino-americanas e caribenhas.

03/08/2010