TV Câmara - Virologista explica os perigos, causas e consequências das variantes do novo Coronavírus
Fernando Spilki é coordenador da Rede Corona-ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), professor e coordenador do Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale. Doutor em genética e biologia molecular, com atuação em virologia básica, animal, humana e ambiental, foi presidente da Sociedade Brasileira de Virologia no Biênio 2019-2020. Com isso, acompanhou de perto as pesquisas sobre os genomas do novo coronavírus e a corrida pela vacina.
Na conversa, Spilki abordou os detalhes sobre as variantes do coronavírus que estão preocupando governos e instituições de saúde ao redor do mundo. Apesar das centenas de mutações sofridas, quatro geraram alerta para a comunidade científica: uma identificada inicialmente no Reino Unido, outra na África do Sul e duas no Brasil.
O virologista explicou que nem sempre as mudanças genéticas são benéficas para o vírus, muitas vezes elas podem enfraquecê-lo. Mas quanto mais pessoas são infectadas, maior o risco de uma versão pior do coronavírus aparecer. "Sem medidas de controle adequadas, as variantes novas têm toda a oportunidade para se disseminar", enfatizou. Por isso, é necessário reforçar as medidas de segurança enquanto a vacinação ocorre e agilizar o processo.
Questionado sobre efeitos colaterais da vacina, Spilki reconheceu que algumas pessoas podem sentir sintomas semelhantes ao de outras vacinas mais comuns: fraqueza, congestão nasal, dor de cabeça, ou dores no corpo. Porém, os sintomas costumam durar menos que um resfriado, em média três dias. Ainda assim, fez questão de reiterar que 80 a 85% das pessoas que fazem a vacina "não terão qualquer sintoma".
Essa semana, a Prefeitura de Novo Hamburgo realizou a vacinação de funcionários da saúde e idosos acima de 85 anos por "Drive Thru". Conforme o recebimento de novas doses pelo município, diferentes públicos poderão receber o imunizante. Por enquanto, pessoas fora dos grupos de risco precisam esperar e se proteger como for possível.
Para finalizar, Spilki fez um panorama da evolução do Sars-Cov-2 no Brasil e no mundo e como o País conduziu a pandemia, destacando erros e acertos.
Para saber todos os detalhes sobre o assunto, assista a entrevista na íntegra:
O Programa Vitalidade vai ao ar desde 2012 pela TV Câmara, canal 16 da Claro/Net, e aborda assuntos relacionados à saúde, qualidade de vida, bem-estar e comportamento. Sugestões de pautas para serem abordadas pelo programa podem ser enviadas para o e-mail tv@camaranh.rs.gov.br.
*Texto de Rodrigo Westphalen, estagiário de Jornalismo na Assessoria de Comunicação da Câmara.