TV Câmara - Hematologista explica a importância do exame de sangue de rotina para diagnósticos precoces de leucemia
Cláudia Zaca é médica, formada pela Fundação Universidade Luterana do Brasil (FURG), especializada em medicina interna pela ULBRA e em hematologia e hemoterapia pelo Grupo Hospitalar Conceição. Com experiência na área, explicou de forma simples o que é a leucemia, quais os tipos da doença, formas de tratamento mais comuns e o processo de transfusão de medula óssea, nos casos em que é necessário.
A leucemia é um câncer do sangue e pode se apresentar de forma aguda ou crônica. Qualquer pessoa pode desenvolver a doença e, na maioria dos casos, as causas não são conhecidas. Portanto, não é possível falar em prevenção. Mesmo assim, há coisas que se pode fazer para garantir o diagnóstico e o tratamento precoce. E é para conscientizar sobre esse tema que existe a Campanha Fevereiro Laranja de combate à leucemia e incentivo à doação de medula óssea.
Todos os detalhes, você confere na entrevista completa com a médica Cláudia Zaca.
Para compreender melhor a doença e os efeitos dos tratamentos, é preciso entender o que é a medula óssea. É uma área interna dos ossos longos, conhecida popularmente como "tutano", responsável pela geração das células sanguíneas. Às vezes, sem qualquer aviso, a medula óssea pode começar a produzir células defeituosas, ou imaturas, como no caso dos "blastos". Essa produção acaba por superar as células funcionais e pode gerar uma baixa na contagem de glóbulos vermelhos e de glóbulos brancos no sangue.
Muitas vezes, o exame de sangue comum, de rotina, é suficiente para acender o alerta nos médicos, que indicarão ao paciente a ida ao especialista em hematologia. Em outros casos, pode não haver alteração no exame, mas sintomas no corpo, conforme explicou Zaca no programa.
Os diferentes tipos de leucemia necessitam de diferentes tipos de tratamento, sendo a forma crônica da doença a mais simples de tratar. Na maioria desses casos, apenas o uso de medicações já é suficiente. Mas não é assim com a leucemia aguda.
Segundo a especialista, a leucemia aguda é a que mais preocupa. Esse câncer evolui de forma rápida e precisa ser tratado cedo. "A doença é muito intensa, e o tratamento também", enfatizou. Nesses casos, tanto a quimioterapia quanto a internação do paciente são necessárias.
Quando há um quadro grave, o paciente em tratamento precisa de diversas transfusões de sangue. "Não é uma ou duas bolsas [de sangue]. É diariamente, por vários dias seguidos", reforçou. Além disso, quando há alterações genéticas mais complexas, pode ser necessário também a transfusão de medula óssea.
Por isso, o tema da doação é tão importante e está vinculado à conscientização sobre a leucemia. Além da doação de sangue, qualquer pessoa saudável com idade entre 18 e 55 anos pode se cadastrar para ser doador de medula óssea. O cadastro é feito no sistema REDOME, a partir dos hemocentros, com apenas uma coleta de sangue inicial de 5ml. Então, se houver um paciente compatível precisando, o doador é chamado para o procedimento.
Quer saber mais sobre a leucemia e sobre a doação de medula óssea? Assista a entrevista completa:
Vitalidade
O Programa Vitalidade vai ao ar desde 2012 pela TV Câmara, canal 16 da Claro/NET, e aborda assuntos relacionados à saúde, qualidade de vida, bem-estar e comportamento. Sugestões de pautas para serem abordadas pelo programa podem ser enviadas para o e-mail tv@camaranh.rs.gov.br.
*Texto de Rodrigo Westphalen, estagiário de Jornalismo na Assessoria de Comunicação da Câmara.