TV Câmara - Doação de órgãos e transplante são assuntos debatidos pelo programa Vitalidade
Espinel é doutorando em Ciências Pneumológicas na UFRGS, professor de medicina da Universidade Feevale, preceptor da cirurgia torácica e cirurgia trauma no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, médico cirurgião torácico pediátrico do Hospital da Criança Santo Antônio e médico cirurgião torácico do Hospital Moinhos de Vento.
Durante o programa, ele falou sobre questões éticas que permeiam o tema, esclareceu o que é necessário para que uma pessoa se transforme efetivamente em um doador, quais são os principais órgãos transplantados e os cuidados que norteiam todo o processo. Ele também falou sobre alguns mitos que estão relacionados à doação, sobre transplante em crianças e, principalmente, sobre como a pandemia do coronavírus interferiu no sistema.
"No nosso país, precisamos conversar sobre isso naturalmente. O veredicto final será dado pelos nossos parceiros de vida. A Legislação brasileira entende, além da nossa vontade, manifesta ou não em vida, que é preciso a concordância dos familiares para que a doação seja realizada. E isso é extremamente complexo. A morte de uma pessoa próxima é algo devastador, mesmo quando há uma preparação, em casos de doenças graves. Então, a conversa em vida é fundamental, criar um ambiente que motive essa reflexão e discussão.", afirmou o cirurgião.
Segundo Espinel, uma pessoal salva até oito vidas, grosseiramente falando. "Efetivamente o número de órgãos que poderá ser doado depende muito das condições dos próprios órgãos e também da forma da morte. Juntando órgãos e tecidos, uma pessoa pode salvar oito, dez ou mais vidas. Pulmões, coração, rins, fígados, pâncreas, córneas e outros tecidos sãos os mais transplantados", ressaltou.
A morte encefálica é a condição necessária para que uma pessoa seja doadora. Ela é diagnosticada mais de uma vez por equipes diferentes.
Saiba mais em no site da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - ABTO
Assista ao programa na íntegra:
Campanha #SetembroVerde
O Brasil possui a maior rede pública de transplantes do mundo, 95% dos procedimentos são feitos inteiramente pelo SUS. Apesar disso, a fila de pessoas precisando de órgãos cresce. Sabe por quê? Ainda que a doação de alguns órgãos possa ser feita por familiares vivos (Transplante de rim, parte do fígado e do pulmão, por exemplo), na maioria dos casos, isso não é possível. Muitas pessoas só podem ser salvas por um doador desconhecido, que tenha falecido de forma natural ou sem danos aos órgãos doáveis. Para isso acontecer, a família do falecido precisa autorizar a doação. E, por desconhecimento, muitas famílias têm medo de dizer "sim" para a doação de órgãos. A campanha Setembro Verde traz essa reflexão: se você deseja doar seus órgãos, converse com seus familiares - pais, filhos e cônjuges e deixe claro a sua posição de doador.
📌 Veja 3 mitos comuns e a verdade:
Mito: A doação de órgãos pode deformar o doador e atrapalhar o velório.
Fato: A doação de órgãos não deixa mudanças perceptíveis no corpo do doador.
Mito: A minha religião não permite.
Fato: Nenhuma religião condena a doação - muitas entendem como um ato de amor ao próximo.
Mito: A pessoa com morte encefálica ainda poderia voltar a viver.
Fato: Não, a morte encefálica é irreversível e precisa ser atestada por dois médicos para se considerar a doação.
Avise seus parentes próximos do seu desejo de ser doador de órgãos! Junte-se à campanha. Um "sim" pode salvar várias vidas!
Vitalidade
No ar desde 2012, o Vitalidade é um programa de saúde, qualidade de vida, bem-estar e comportamento produzido pela TV Câmara NH, emissora da Câmara Municipal de Novo Hamburgo. Sugestões de pautas para serem abordadas pelo programa podem ser enviadas para o e-mail tv@camaranh.rs.gov.br