TV Câmara – Vitalidade traz esclarecimentos sobre a hanseníase

por Tatiane Souza última modificação 16/11/2020 21h34
30/01/2020 – O mês de janeiro é marcado por ações de conscientização sobre a hanseníase. Para trazer esclarecimentos sobre o tema, a médica dermatologista Kenselyn Opperman participou do programa Vitalidade, veiculado pela TV Câmara, canal 16 da Net. Kenselyn possui, dentre outras qualificações, formação no Ambulatório de Dermatologia Sanitária de Porto Alegre – que é referência estadual para essa doença. O Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde, só perde para a Índia em números de contaminação. A cada ano, são 30 mil novos casos de hanseníase no país.
TV Câmara – Vitalidade traz esclarecimentos sobre a hanseníase

Foto: Kassiane Michel/CMNH

O programa completo está disponível no Facebook.com/tvcamaranh e também no Youtube.com/tvcamaranh

Intitulada Janeiro Roxo, a campanha busca diminuir os índices da doença e educar a população. A dermatologista explicou que a hanseníase ainda é um problema de saúde pública no Brasil, já que o país é o segundo com o maior número de casos no mundo. Como ela destacou, "a doença é transmitida pela Mycobacterium leprae, que causa infecção na pele, nos nervos da pele e nos troncos nervosos periféricos, trazendo perda da sensibilidade nas lesões, que surgem principalmente nas mãos, nos pés e nos olhos". A transmissão ocorre pela via aérea, através de um contato contínuo e prolongado com uma pessoa infectada. "O toque e o abraço não transmitem hanseníase", lembrou Kenselyn. 

A especialista apontou que, ainda segundo a OMS, os estados do Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará e Piauí são os que apresentam os maiores índices de casos. E destacou a importância de trazer à sociedade mais informações sobre a doença para desmitificar algumas questões e, principalmente, o preconceito. Também conhecida como lepra, o termo foi substituído por hanseníase pela Lei nº 9.010, de 29 de março de 1995. "Hanseníase tem cura", salientou a especialista.

Tratamento

O tratamento é simples e oferecido gratuitamente pelo SUS, tendo duração de 6 a 12 meses. O diagnóstico precoce é essencial, pois a hanseníase pode trazer incapacidades físicas graves, que se tornam irreversíveis quando verificada tardiamente, como mãos em garra, cegueira, perda laboral e perfurações do septo. "O Rio Grande do Sul é o estado do Brasil, infelizmente, com maior porcentagem de incapacidade grau 2, porque o diagnóstico aqui é tardio, em função da prevalência da doença ser menor. 23% das pessoas diagnosticadas com hanseníase já apresentam essa incapacidade, em comparação com 8% que é a média nacional", ressaltou a dermatologista durante o programa.

Sobre a hanseníase

É uma doença infecciosa e contagiosa, que causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele e alteração da sensibilidade – o paciente não sente calor, frio, dor e mesmo o toque. É comum ter sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés, mãos) e em algumas áreas pode haver diminuição do suor e de pelos.

Além da hanseníase foram abordadas outras doenças de pele, comuns à população brasileira, como vitiligo, psoríase, melasma, rosácea, dermatites, dentre outras. Assista ao programa na íntegra e confira:

 Vitalidade

O Programa Vitalidade vai ao ar desde 2012 pela TV Câmara, canal 16 da Net, e aborda assuntos relacionados à saúde, qualidade de vida, bem-estar e comportamento. Ele é apresentado pela jornalista Tatiane Lopes. Sugestões de pautas para serem abordadas pelo programa podem ser enviadas para o e-mail tv@camaranh.rs.gov.br.

Veja a lista completa dos Vitalidades.

*Texto de Kassiane Michel, estagiária de Jornalismo na Assessoria de Comunicação da Câmara.


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