TV Câmara – Mês de outubro é marcado por campanha de combate à sífilis congênita
Confira a entrevista na íntegra no Facebook da TV Câmara e também do canal da TV Câmara no Youtube.
Tipos de sífilis
Maria de Lourdes explicou que a sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e que pode ser transmitida de uma pessoa contaminada para outra durante o sexo – vaginal, anal ou oral – sem o uso do preservativo ou da mãe para o bebê pela via placentária, a sífilis congênita. A doença é a principal causa de morte fetal evitável em todo o mundo.
Ela também relatou que a enfermidade se manifesta no corpo humano em diversos estágios. “O primário se trata de uma lesão nos órgãos genitais, que aparece em torno de 21 dias após a relação sexual desprotegida. Essa lesão não coça, não incomoda e se cura facilmente, por isso é muitas vezes ignorada. Mas a pessoa continua infectada. O secundário é quando há manifestações físicas como lesões de pele, que muitas vezes são tratadas como reações alérgicas, principalmente na palma dos pés e das mãos, dorso e abdômen, que também desaparecerão espontaneamente. Tem duração de seis semanas a seis meses. Após, vem o estágio de latência. Pode não apresentar sintoma nenhum e ficar décadas assim, embora continue transmitindo a doença. Já o estágio terciário da sífilis apresenta sintomas graves relacionados a alterações neurológicas, cardiovasculares ou ósseas”, explicou. Segundo Maria de Lourdes, a maior causa de a doença ainda afetar a população é a falta de informação.
Sífilis congênita
A especialista apontou que a patologia pode ser prevenida, caso a gestante faça o acompanhamento pré-natal de forma adequada, oferecido, inclusive, pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde. “A forma de detecção é simples, por meio de exame de sangue conhecido como VDRL no primeiro e terceiro trimestres de gestação”, explicou. A médica destaca que é uma patologia que pode ser prevenida, caso o diagnóstico seja feito na gestante e seja administrado o tratamento adequado, a base de penicilina. Segundo ela, o índice de transmissão da mãe para o bebê é muito alto. “Entre 60% e 80% das gestantes que são portadoras de sífilis a transmitem para o feto”, disse.
O abortamento é a principal implicação para a gestante contaminada. “Se a mãe não for diagnosticada e tratada durante a gravidez, o bebê pode nascer com sífilis congênita – uma doença grave, que traz desde lesões de pele até alterações ósseas e meningite sifilítica, e faz como que o bebê possa vir a óbito nos primeiros meses de idade. O recém-nascido requer uma série de cuidados e exames. A mãe e o parceiro também devem receber tratamento médico”, finalizou.
Assista ao programa completo:
Vitalidade
O Programa Vitalidade vai ao ar desde 2012 pela TV Câmara, canal 16 da Net, e aborda assuntos relacionados à saúde, qualidade de vida, bem-estar e comportamento. Ele é apresentado pela jornalista Tatiane Lopes. Sugestões de pautas para serem abordadas pelo programa podem ser enviadas para o e-mail tv@camaranh.rs.gov.br.
* Texto de Kassiane Michel, estagiária de Jornalismo na Assessoria de Comunicação da Câmara.
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