TV Câmara – Leucemia e importância da doação de medula são temas do Vitalidade

por Tatiane Souza última modificação 23/11/2020 19h42
12/07/2019 – A leucemia é conhecida popularmente como câncer no sangue. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é o tipo que mais atinge crianças no Brasil entre 9 a 19 anos. Nos casos mais agudos da doença, somente o transplante de medula óssea traz a chance de cura. O Vitalidade que está no ar desde o dia 9 de julho na TV Câmara, canal 16 da NET, traz mais esclarecimentos sobre essa doença, sintomas, tipos, tratamento e a importância do cadastramento para ser um doador, por meio da entrevista com Lilian Rocha Gomes. Ela é representante do Projeto Amigos do Nick e mãe de Nichollas Gomes, que morreu dois meses antes de completar 18 anos.
TV Câmara – Leucemia e importância da doação de medula são temas do Vitalidade

Foto: Maíra Kiefer/CMNH

Geralmente de origem desconhecida, a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos e que tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Segundo o Inca, existem mais de 12 tipos da doença, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). 

No decorrer do programa, Lilian revela que seu filho foi acometido por leucemia mieloide aguda, que costuma levar a óbito oito a cada 10 pessoas. Mesmo tendo encontrado um doador compatível de medula em Portugal, a doença venceu e Nick morreu em 23 de agosto de 2013. Segundo a mãe, ele idealizou todo o projeto para ajudar as pessoas que estavam na mesma situação. 

O Amigos do Nick nasceu no dia em que ele completaria 18 dias, dois meses após a sua morte. “Trabalhamos em escolas e outras instituições por meio de convites e realizamos um ciclo de palestra. Falamos sobre a importância de ser um voluntário, por que se cadastrar como um doador de medula, onde fazer esse processo, quais os tipos da doença que precisam de um transplante e explicamos o conceito da doação, que não é uma cirurgia, mas uma doação de sangue, igual a muitas que acontecem todos os dias”, explicou. O público é o ensino médio, na maioria das vezes, segundo Lilian, porque o doador de medula deve estar na faixa etária entre 18 a 55 anos, salvo exceções. “Se fazem o cadastro com 18 anos, ficam uma vida inteira disponível para doação. Já uma pessoa que se cadastra com 30 anos, é importante, mas tem menos tempo como doador”, apontou. 

Quem pode ser um doador?

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:

- Ter entre 18 e 55 anos de idade

- Estar em bom estado de saúde

- Não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite)

 Não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).

Locais para se cadastrar como doador de medula óssea

Hemocentro de Porto Alegre

Endereço: Av. Bento Gonçalves, 3722, Partenon, Porto Alegre

Telefone: 51 3336-6755

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Endereço: Rua São Manoel, 543, Santa Cecília, Porto Alegre

Telefone: 51 3359-8000

Hospital Conceição

Endereço: Av. Francisco Trein, 596, Cristo Redentor, Porto Alegre

Telefone: 51 3357-2000 

O Brasil tem o terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo, com a marca de 4,5 milhões de voluntários. Após o cadastro, feito por meio de uma amostra de 5ml de sangue, o nome do possível futuro doador é incluído no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Para encontrar um doador compatível primeiro é feito o cruzamento do Redome com o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Se nenhum doador compatível for encontrado no Brasil, a procura começa em outros países. “O cadastro no banco de medula óssea não é a doação em si. Quando você se cadastra, fica disponível no banco mundial de doadores de medula até os seus 60 anos de idade”, salientou Lilian. Ela também apontou a necessidade de manter os dados pessoais e de endereço atualizados no site do Inca. Segundo a entrevistada, é simples e rápido. 

Também abordamos no decorrer do Vitalidade, as duas formas de doação de medula óssea, em centro cirúrgico, com anestesia, ou por aférese, em ambulatório – mais utilizado atualmente. “O transplante de medula é um dos únicos que podemos fazer com a pessoa viva. É a doação de uma parte de si. Tenha um compromisso com a vida. Se se cadastrar, doe se for notificado. A negativa da doação certamente vai implicar na morte de alguém, pois a chance de um doador compatível é uma para 100 mil”, aconselhou a mãe do Nick. Ela também destacou a importância da doação de sangue. “Faça a sua doação e ajude a salvar uma vida. Uma doação pode salvar até quatro vidas. O meu filho precisou de 1800 doares de sangue durante tratamento. E tem muita gente precisando. Pense no próximo. Ele pode estar mais perto do que você magina”, destacou Lilian.

 

 

 

 

 

 

Assista o programa na íntegra 

  

Saiba mais sobre Leucemia no site do Instituto Nacional de Câncer.

Conheça o Projeto Amigos do Nick.

 

Vitalidade

O Vitalidade é um programa sobre saúde, bem-estar, comportamento e qualidade de vida que vai ao ar pela TV Câmara, canal 16 da Net. Ele é apresentado pela jornalista Tatiane Lopes desde 2012. Sugestões de pauta podem ser enviadas para o e-mail tv@camaranh.rs.gov.br

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