SindProfNH cobra diálogo e reivindica melhores condições para o magistério municipal
Ana Maria explicou que as remunerações e os subsídios dos servidores públicos municipais dos poderes Executivo e Legislativo do Município, das autarquias e fundações públicas municipais, devem ser revistos, para os efeitos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, no mês de abril de cada ano.
Outras reivindicações:
Entre as principais reivindicações, está a necessidade de um calendário mensal de negociações, garantindo que as pautas dos profissionais da educação sejam tratadas de forma contínua e transparente. O sindicato também cobra a reposição da inflação nos salários e o pagamento do piso nacional do magistério, que ainda não é cumprido em Novo Hamburgo.
Além da valorização salarial, os professores apontam a precarização das condições de trabalho. Segundo o sindicato, há 17 anos o município não cumpre a hora-atividade, direito essencial para o planejamento pedagógico. Outra preocupação é a estrutura física das escolas, especialmente a falta de conforto térmico: metade das EMEIs não possui climatização adequada, enquanto a situação é ainda pior nas escolas de ensino fundamental, onde cerca de 70% das unidades enfrentam problemas estruturais.
A falta de profissionais também é um problema crítico. De acordo com o SindProfNH, 850 professores foram chamados para a rede municipal, mas muitos não permanecem devido às condições de trabalho. A situação é ainda mais grave na educação infantil, onde 73% das escolas estão sem professores suficientes. A carência de profissionais de apoio à inclusão também compromete a qualidade do ensino.
Os aposentados também estão entre as preocupações do sindicato. A categoria reivindica a revogação da reforma da previdência municipal, que atualmente impõe um desconto de 14% nos salários dos inativos.
O sindicato defende a construção de um plano de carreira que contemple a valorização profissional, formação continuada e garantia de direitos, como licenças e progressões. “A educação pública precisa ser de qualidade, laica e inclusiva. Mas, para isso, é fundamental olhar com atenção para os profissionais que dedicam suas vidas ao ensino das crianças, jovens e adultos da nossa cidade”, conclui Ana Maria Sartori.
Confira as reivindicações do SindiProf na íntegra
Tribuna Popular
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