SindProfNH cobra diálogo e reivindica melhores condições para o magistério municipal

por Tatiane Souza última modificação 01/04/2025 00h58
31/03/2025 - A vice-presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SindProfNH), Ana Maria Sartori, reforçou a necessidade de diálogo com a administração municipal para tratar das demandas do magistério público. Segundo ela, desde o dia 2 de janeiro, o sindicato tem solicitado reuniões com o prefeito para discutir questões urgentes, como o não cumprimento da data-base, defasagem salarial da categoria. Diante da falta de retorno, o sindicato decidiu ampliar o debate com a comunidade, divulgando uma carta aberta em um jornal local.
SindProfNH cobra diálogo e reivindica melhores condições para o magistério municipal

Foto: Maíra Kiefer/CMNH

Ana Maria explicou que as remunerações e os subsídios dos servidores públicos municipais dos poderes Executivo e Legislativo do Município, das autarquias e fundações públicas municipais, devem ser revistos, para os efeitos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, no mês de abril de cada ano. 

Outras reivindicações: 

Entre as principais reivindicações, está a necessidade de um calendário mensal de negociações, garantindo que as pautas dos profissionais da educação sejam tratadas de forma contínua e transparente. O sindicato também cobra a reposição da inflação nos salários e o pagamento do piso nacional do magistério, que ainda não é cumprido em Novo Hamburgo.

Além da valorização salarial, os professores apontam a precarização das condições de trabalho. Segundo o sindicato, há 17 anos o município não cumpre a hora-atividade, direito essencial para o planejamento pedagógico. Outra preocupação é a estrutura física das escolas, especialmente a falta de conforto térmico: metade das EMEIs não possui climatização adequada, enquanto a situação é ainda pior nas escolas de ensino fundamental, onde cerca de 70% das unidades enfrentam problemas estruturais.

A falta de profissionais também é um problema crítico. De acordo com o SindProfNH, 850 professores foram chamados para a rede municipal, mas muitos não permanecem devido às condições de trabalho. A situação é ainda mais grave na educação infantil, onde 73% das escolas estão sem professores suficientes. A carência de profissionais de apoio à inclusão também compromete a qualidade do ensino.

Os aposentados também estão entre as preocupações do sindicato. A categoria reivindica a revogação da reforma da previdência municipal, que atualmente impõe um desconto de 14% nos salários dos inativos.

O sindicato defende a construção de um plano de carreira que contemple a valorização profissional, formação continuada e garantia de direitos, como licenças e progressões. “A educação pública precisa ser de qualidade, laica e inclusiva. Mas, para isso, é fundamental olhar com atenção para os profissionais que dedicam suas vidas ao ensino das crianças, jovens e adultos da nossa cidade”, conclui Ana Maria Sartori. 

Confira as reivindicações do SindiProf na íntegra

Tribuna Popular

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