Relatório financeiro do Município aponta arrecadação de quase R$ 1 bilhão entre janeiro e agosto

por Luís Francisco Caselani última modificação 29/09/2023 16h31
29/09/2023 – A Prefeitura de Novo Hamburgo finalizou a computação das receitas e despesas acumuladas nos oito primeiros meses do ano. Nesta sexta-feira, 29, o balanço orçamentário foi apresentado no Plenário da Câmara em audiência pública convocada pela Comissão de Finanças do Legislativo (Cofin). Os dados do período revelam uma arrecadação de R$ 999,4 milhões. O valor é 9,7% maior do que o registrado no mesmo recorte do ano passado.
Relatório financeiro do Município aponta arrecadação de quase R$ 1 bilhão entre janeiro e agosto

Foto: Tatiane Lopes/CMNH

O incremento da arrecadação superou a variação inflacionária e permitiu ao Município fechar o mês de agosto com superavit de R$ 109 milhões, com despesas liquidadas na faixa de R$ 890,3 milhões. A receita realizada de janeiro a agosto corresponde a 63% da previsão orçamentária para todo o exercício de 2023. O balanço previdenciário também registrou resultado positivo, com as receitas superando as despesas em quase R$ 35 milhões.

A audiência pública quadrimestral para análise das contas do Executivo foi conduzida pelo presidente da Cofin, Raizer Ferreira (PSDB), e contou com a participação do secretário da comissão, Cristiano Coller (PTB), e das assessorias dos vereadores Inspetor Luz (MDB), Lourdes Valim (Republicanos) e Tita (PSDB). Os relatórios de execução orçamentária e gestão fiscal foram apresentados pela contadora Angelita Nazário, servidora da Secretaria Municipal da Fazenda.

Folha salarial

Os gastos com folha salarial foram novamente segregados em dois números distintos. O válido para a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) aponta despesa total com pessoal entre setembro de 2022 e agosto de 2023 de R$ 389,4 milhões, o que corresponde a 34,1% da receita corrente líquida do período, apurada em R$ 1.142.242.766,38. No entanto, se observados os critérios adotados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), o valor acumulado foi de R$ 560,8 milhões (43,6%). A diferença deve-se ao fato de o órgão estadual considerar também os gastos com funcionários da Fundação de Saúde. De qualquer forma, ambos os percentuais permanecem abaixo do limite para emissão de alerta, estabelecido em 48,6%.

Investimentos em saúde e educação

Os dados divulgados pela Prefeitura registraram ainda dívida consolidada líquida de R$ 573,1 milhões, um recuo de 7,9% em relação a agosto do ano passado, e detalharam os recursos destinados às áreas de saúde e educação. Os investimentos em ações e serviços públicos de saúde foram de quase R$ 85,1 milhões, o que equivale a 19,9% da receita resultante de impostos e transferências constitucionais. O índice se manteve acima dos 15% previstos pela carta magna brasileira.

Já as despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino, que devem atingir um quarto da mesma fatia de arrecadação, estão calculadas em 24,6% (R$ 106,5 milhões). Historicamente, o percentual mínimo de 25% só costuma ser alcançado no terceiro quadrimestre.

Transparência

A Prefeitura garante que todas as informações, assim como maiores detalhamentos, podem ser encontradas no Portal da Transparência. A prestação de contas quadrimestral é prevista pela Lei Complementar Federal nº 101/2000, que estrutura a fiscalização e o controle dos gastos de estados e municípios, além de promover a transparência das finanças públicas.

Assista à audiência pública na íntegra: