Rede municipal de ensino pode ter sistema próprio de avaliação
Conforme o Projeto de Lei nº 59/2023, caberá à Smed estabelecer a periodicidade, os anos avaliados e as áreas do conhecimento que comporão cada processo. A ideia é gerar indicadores para a definição de metas, verificar o desempenho dos estudantes nos diferentes componentes curriculares e garantir subsídios para eventuais reorientações de propostas pedagógicas e redirecionamento da política de formação continuada dos professores. Os resultados serão amplamente divulgados para pais, alunos e educadores.
O vereador Enio Brizola (PT) elogiou a proposição e esclareceu que é o segundo ano que o sistema de larga escala já está em operação, sendo o projeto uma forma de legalização da iniciativa como política pública. Segundo ele, é importante que a proposta permaneça, que tenha continuidade em todos os governos. "É uma produção do nosso município, dos nossos professores, pedagogos e técnicos que desenvolveram, levando em conta os programas educacionais de Sobral, no Ceará. Se espelha lá e se adequa à realidade local", exaltou.
Cristiano Coller (PTB) afirmou concordar com a avaliação do colega Brizola. Ele destacou ter achado importante a presença da secretária da Educação, Maristela Guasselli, em reunião da Comissão de Educação na semana passada, quando a responsável pela pasta esclareceu que a carência da Escola A não é a mesma da B, e como é imprescindível esse olhar para melhorar os índices.
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“A proposta de avaliação em larga escala da rede municipal de ensino apresenta-se como mecanismo importante e necessário enquanto ferramenta educacional, permitindo o monitoramento das aprendizagens e a elaboração de ações para superar as dificuldades dos estudantes, assim como orientar a formação dos docentes e das equipes diretivas, contribuindo para a modificação de abordagens pedagógicas diante das fragilidades verificadas”, resume justificativa assinada pela prefeita Fátima Daudt.
Apesar do apoio de todos os vereadores, a matéria retorna para nova votação na próxima sessão ordinária, marcada para a tarde desta quarta-feira, 22.
A aprovação em primeiro turno
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.