Projeto sobre gravidez na adolescência é apresentado na Câmara
Desde o início do ano, os estudantes Erik Kunst, Lara da Silva, Pedro Czplinsky, Rafaela Dietrich e Raquel Lannig têm realizado diversas pesquisas bibliográficas e vivendo experiências de campo, demonstrando como seria o caso se fossem pais ou mães nessa idade, ao apontar as consequências da gravidez precoce, em idade escolar. O objetivo é de conscientizar os jovens e a comunidade das implicações físicas e psicológicas da gravidez nesta fase da vida. Uma das ações colocadas em prática pelo estudo, com o apoio dos pais dos estudantes, foi em uma loja de roupas para crianças. A estudante Lara vestiu uma barriga postiça, simulando uma gravidez. “Uma atendente ficou apavorada, porque eu cheguei, disse que tinha 13 anos e estava grávida”, disse a aluna.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a gravidez é considerada precoce quando a menina engravida entre os 10 e os 19 anos. A gravidez precoce geralmente se deve à cultura e à dificuldade de acesso a métodos contraceptivos, podendo causar consequências desagradáveis tanto para a saúde da gestante como do bebê.
“Os alunos estão focados em demonstrar as consequências que a gravidez precoce pode provocar na sociedade. Quero parabenizar a professora e os alunos sobre o projeto, que é de extrema relevância para a comunidade”, disse o proponente do convite, o vereador Fernando Lourenço.
“Sou um enfermeiro da rede pública e sei dos impactos que uma gravidez provoca na vida de uma adolescente. Uma gravidez precoce interrompe a vida normal, e coisas simples como estudar e brincar, por exemplo, ficam comprometidas. O trabalho de vocês é muito importante. Que levem esta conversa às escolas, para ajudar a esclarecer e conscientizar outros jovens”, relatou o vereador Enfermeiro Vilmar (PDT).
“Vocês usaram o mesmo caminho usado para combater o cigarro: o da sensibilização. Precisamos mostrar as consequências da gravidez. Ações como as de vocês tocam as pessoas. Esse trabalho pode render ainda mais ao ser repassado a outros alunos. Minha sugestão é que esse projeto seja apresentado para outras escolas, para outros adolescentes”, destacou Raul Cassel (MDB).
“Como médico e vereador, estou aqui agora sentindo-me contemplado ao ver um tema tão polêmico como esse sendo apresentado de forma tão brilhante por estes estudantes. Vocês fizeram mais de 600 entrevistas, usaram diferentes equipamentos para impactar meninos e meninas, em diferentes lugares. Gostaria de ver esse projeto sendo mostrado em outras escolas, das redes municipal e estadual, para sensibilizar mais crianças e adolescentes”, disse Gerson Peteffi (MDB).
“Quero saudar vocês por trazerem um debate da vida real, um problema que acontece em nossa sociedade. É sabido que a gravidez na adolescência impacta diretamente na vida dos jovens, principalmente para as meninas, que muitas vezes não contam nem com o apoio do pai das crianças”, informou Enio Brizola (PT).
“Fui pai precocemente e, em um primeiro momento, foi muito difícil. A rotina da gente muda muito, a vida muda consideravelmente. A gravidez na adolescência é bastante comum, principalmente nas comunidades mais pobres. Quero dar a vocês parabéns pela coragem em trazer este tema à luz”, comunicou Cristiano Coller (Rede).