Procuradoria Especial da Mulher faz palestra para estudantes da Escola João Goulart
A procuradora especial da mulher, Patricia Beck, explicou como funciona e os objetivos das campanhas Não é Não – contra o assédio no ambiente de trabalho e Fale Agora – Pelo fim da violência contra a mulher.
Ela ressaltou que as agressões não são só físicas, mas também psicológicas e verbais. “As mulheres nos procuram, não precisam se identificar, e nós realizamos o encaminhamento para o acompanhamento jurídico e psicológico”, apontou Carolyne. A vereadora Patrícia falou sobre as medidas protetivas para assegurar a integridade física das mulheres que realizam a denúncia e enfatizou que, estatisticamente, é mais seguro para a mulher realizar a denúncia do que se calar. A vereadora ainda frisou aos jovens a importância do trabalho realizado pela Rede Integrada Laço Lilás – grupo criado com o objetivo de integrar os órgãos e entidades que atuam no setor em Novo Hamburgo – Câmara, Brigada Militar, Polícia Civil, Patrulha Maria da Penha, Defensoria Pública, Juizado de Violência Doméstica, Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres, Ministério Público, Centro de Referência Viva Mulher e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – Comdim.
Dos atendimentos realizados pela Procuradoria Especial da Mulher neste primeiro ano de atuação, 70% dizem respeito à violência psicológica e moral. Ainda segundo os dados da procuradoria, as vítimas que procuraram ajudam estão entre os 18 e 55 anos.
Os alunos fazem parte do Grupo Junto e Misturado e participam do Movimentos e Vivências na Educação Integral (MOVE), programa do governo municipal ofertado às crianças no contraturno, e estão sendo acompanhados pelas professoras Gabriela Hoff e Tatiane Pereira, coordenadora do MOVE. A ideia, segundo as alunas Gabriela Chagas, 13 anos, e Ana Júlia Rodrigues, 12, é apresentar o resultado do trabalho para toda a escola. “Até a professora se surpreendeu com o assunto escolhido por nós, é bem pesado, chocante, mas é uma realidade”, advertiu Gabriela.
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