Procuradora da Mulher destaca luta da Rede Lilás nos avanços pelos direitos às cidadãs em Novo Hamburgo

por Maíra Kiefer última modificação 25/11/2020 20h56
25/11/2020 - Ao subir à tribuna, neste 25 de novembro, a vereadora Tita (PSDB) lamentou a existência de uma data para marcar um direito inquestionável de qualquer ser humano: não ser vítima de violência. A parlamentar relatou a história por trás desse marco feminista. “O Dia Internacional da Luta contra a Violência à Mulher foi escolhido para homenagear as irmãs Minerva, Patria e María Teresa Mirabal, dominicanas, que ficaram conhecidas como Las Mariposas. Elas se opuseram à ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, sendo assassinadas em 25 de novembro de 1960”, explicou. Desde lá, a luta iniciada por tantas mulheres ao redor do mundo é barrada por aqueles que se sentem contrariados e que acreditam que é possível silenciar a voz do outro com agressões, coerção e morte. “No Brasil, a cada 7 horas uma mulher é vítima de feminicídio”, apontou a vereadora.
Procuradora da Mulher destaca luta da Rede Lilás nos avanços pelos direitos às cidadãs em Novo Hamburgo

Foto: Daniele Souza/CMNH

Tita informou ainda que, desde 1981, a data em toda a América Latina é símbolo da luta pelos direitos das mulheres, tendo sido escolhida à época para o primeiro Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, em Bogotá (Colômbia) - no qual foram trazidas à tona as denúncias contra os abusos de gênero que sofriam no ambiente doméstico, assim como a violação e o assédio sexual por parte dos Estados, como a tortura e a prisão por motivos políticos. Somente em 1999, a ONU transformou o dia em uma data internacional.

Ela afirmou que hoje também se iniciam os 16 dias de ativismo contra a violência, o qual se encerra em 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal do Direitos Humanos. “Temos que dar um basta, unir forças e esforços para que as mulheres possam ser respeitadas e ter suas vidas garantidas. Esse é o compromisso de todos nós aqui em Novo Hamburgo”, sinalizou.

Em seu discurso, a Procuradora Especial da Mulher do Legislativo elencou algumas ações realizadas na cidade, que contaram com a participação ativa da sociedade. “Em Novo Hamburgo, algumas medidas foram feitas, mas sabemos que muito precisa ser concretizado. Unidos poderemos levar ao Executivo as demandas e necessidades para termos políticas públicas eficazes. Nesses meses em que estou à frente da Procuradoria da Mulher, tive a oportunidade de trabalhar na garantia dos direitos e ativei a Rede Integrada Laço Lilás, composta por diversos setores do Município, bem como pôr voluntárias que lutam pelas causas de todas as cidadãs. Criamos um evento intitulado Domingo por Elas, o qual objetiva levar informações sobre a rede de apoio e atendimento existentes aqui. Idealizamos e participamos em conjunto da criação da Sala das Margaridas na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) para apoiar e receber de forma humanizada as mulheres e seus filhos vítimas de violência doméstica na ocasião do registro da queixa e de depoimentos. Estou disposta e comprometida a trabalhar cada vez mais com a participação da comunidade e também dos colegas vereadores”, encerrou.