Presidente do Sindicato dos Professores sugere medidas de auxílio a servidores atingidos pelas enchentes
Luciana iniciou sua fala lembrando representar uma categoria da qual 30% de seus profissionais enfrentaram o alagamento de suas casas. “Assim como milhares de moradores de Canudos e da Santo Afonso, muitos professores e professoras foram atingidos, direcionados a alojamentos ou abrigados em casas de parentes. E seguimos com um grande número de trabalhadores que ainda não retornou para suas casas ou que está apenas iniciando a limpeza”, contextualizou.
“Como se pensa o acolhimento desses professores, merendeiras e secretários de escola que não têm FGTS? Há dez dias, protocolei ofício solicitando a esta Casa um pedido formal de antecipação do 13º salário, um dos nossos únicos direitos. Esse valor pode dar uma qualidade de vida maior para aquele colega que está voltando para casa”, recordou Luciana. O pleito foi transformado em indicação ao Executivo por iniciativa do vereador Enio Brizola (PT).
Nesta segunda-feira, um novo ofício encaminhado pela líder sindical foi lido durante a sessão, desta vez sugerindo a suspensão do pagamento de empréstimos consignados dos servidores municipais, aos moldes do que ocorreu na esfera estadual. Na tribuna, Luciana salientou também a urgência da reposição inflacionária dos salários do funcionalismo, o que deveria ter ocorrido em abril. Conforme o presidente da Câmara, Gerson Peteffi (MDB), a proposta de reajuste dos vencimentos já foi enviada pelo Executivo e deve iniciar sua tramitação na Casa após sua leitura na sessão de quarta-feira, 29.
Ao final de sua exposição, a presidente do SindProfNH alertou que os professores não podem ser deslocados para outras funções, como a preparação de merendas, visto que, além de seu trabalho, já estarão sobrecarregados assumindo turmas de colegas atingidos pelas enchentes. “Também considero fundamental a preocupação com a saúde dos trabalhadores de educação no retorno às dez escolas invadidas pela água. É necessário que a cidade olhe para seus professores. Precisamos pensar o que podemos fazer”, concluiu.
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Tribuna Popular
A participação na Tribuna Popular durante a sessão é viabilizada pela Resolução nº 11/1999. A normativa garante o direito à manifestação em plenário de opiniões, críticas e reivindicações. Para ocuparem a Tribuna Popular, as pessoas devem se inscrever junto à Secretaria da Câmara, no terceiro andar do Palácio 5 de Abril, informando o assunto de interesse público que será abordado. Os espaços de fala têm duração de até dez minutos. Novo uso da Tribuna Popular pelo mesmo cidadão só é permitido após transcorridos 60 dias.