Presidente da Câmara estuda implantação de biodigestores em escolas da cidade
O modelo conhecido durante a Expointer, chamado de HomeBiogas 2.0, ocupa um espaço de seis metros quadrados e possibilita a transformação de resíduos orgânicos e esterco animal em biogás e biofertilizante líquido. Sem qualquer uso de eletricidade, o sistema funciona por meio de fermentação anaeróbica, com bactérias atuando na decomposição e conversão do material depositado. Com capacidade para 4 quilos de resíduos orgânicos por dia (ou 18 quilos de esterco animal), a estrutura gera até três horas diárias de biogás para cozimento e de 4 a 18 litros de biofertilizante. Ao final de um mês, a produção prometida é equivalente a um botijão de 13 quilos.
“Ficamos muito surpresos com o que vimos aqui. Esse biodigestor é um implemento que vem a agregar muito com o meio ambiente sustentável moderno. E, além do biogás, ele trará uma educação para as crianças da nossa cidade. Levaremos essa proposta aos vereadores para ver se conseguimos ajudar o Executivo a implementar nas escolas”, adiantou Fernando.
O presidente e a primeira-secretária foram recebidos no estande, instalado junto ao espaço da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), pelo representante comercial Cleiton Ribas. “Os nossos biodigestores têm a capacidade de fazer a gestão de seis a oito toneladas ao ano de resíduos orgânicos, que deixam de ser enviados para o aterro sanitário e de emitir em torno de sete toneladas de gases de efeito estufa”, afirmou. Com investimento unitário de R$ 17,7 mil, o sistema conta com uma durabilidade estimada de 15 anos.
Educação ambiental
O HomeBiogas não é novidade no Rio Grande do Sul. Conforme Ribas, a cidade de Venâncio Aires procedeu, em 2019, a implantação do sistema em 23 escolas. Recentemente, Porto Alegre também adquiriu dez unidades. “Os alunos veem que todo aquele resíduo orgânico gerado para o preparo da merenda, em vez de ser colocado no lixo e direcionado ao aterro, é canalizado para dentro do sistema, reaproveitando o gás para o preparo e cozimento da próxima refeição. Além disso, o biofertilizante gerado pode ser utilizado na horta das escolas e em árvores frutíferas”, acrescentou o representante.
Ligada às questões da criança e do adolescente, a vereadora Tita destacou o caráter educacional da iniciativa. “Esse é um trabalho que pode ser abordado em várias disciplinas. Será um aprendizado diferente. A criança não quer estar apenas na sala de aula. Ela também quer estar fora e aprender muito mais. Acredito que, levando essa ideia para Novo Hamburgo, além da economia e o cuidado com o meio ambiente, ajudaremos os nossos estudantes”, salientou a parlamentar, que também sublinhou o papel dos jovens como multiplicadores de conhecimento. “Os alunos também poderão ensinar em casa sobre a separação do lixo, que é tão fácil, mas que os pais não aprenderam lá atrás”, finalizou.