Moção sugere mutirão de cirurgias para reduzir fila de espera
“Reconhecemos os esforços do Estado e do Município para atender à demanda, mas respeitosamente pedimos para que estudem a viabilidade de um mutirão. A cidade de Novo Hamburgo passa por grandes dificuldades na área da saúde, especialmente com relação às cirurgias eletivas e de urgência”, salienta a emedebista, que atribui a redação da Moção nº 8/2025 ao grande número de reclamações recebidas diariamente por seu gabinete.
O vereador Ito Luciano (Podemos) solicitou que todos os parlamentares assinassem a matéria, destacando a importância da demanda. A vereadora Daia Hanich (MDB) relatou que muitos cidadãos procuram seu gabinete para saber por que ainda não foram chamados para os procedimentos.
“As autorizações e marcações cabem ao Estado, sabemos disso. Mas a população não pode mais esperar. As pessoas precisam, ao menos, de uma previsão. Meu apelo é para que Prefeitura e Estado unam esforços para viabilizar um mutirão de cirurgias. Saúde deve ser prioridade”, frisou.
O vereador Felipe Kuhn Braun (PSDB) ressaltou que há dezenas de pessoas aguardando por procedimentos e que a celeridade no processo é essencial. Já a vereadora Deza Guerreiro (PP) parabenizou a colega pela iniciativa e agradeceu, em nome da comunidade. Giovani Caju (PP) também destacou a sensibilidade da vereadora com as demandas da população. “Precisamos estreitar laços com o governo do Estado”, afirmou.
O vereador Joelson de Araújo (Republicanos) enfatizou a relevância da moção, que busca dar visibilidade a uma situação que causa sofrimento a muitas famílias. “São duas mil pessoas na fila de espera por cirurgias eletivas, já autorizadas, mas que ainda aguardam chamamento. Precisaríamos de cerca de R$ 5 milhões para zerar essa fila. É fundamental buscar emendas parlamentares para agilizar esse processo”, explicou o presidente da Comissão de Saúde da Casa.
Eliton Ávila (Podemos) destacou que a gestão pública deve ser baseada em números e ações concretas. Ele lembrou que, com a implementação do Programa Assistir, do governo estadual, Novo Hamburgo teve uma redução de 50% no repasse de recursos para a saúde. “Precisamos trazer esse tema novamente para a pauta de discussões”, pontuou.
O vereador Ito Luciano (Podemos) reforçou que, por meio do programa estadual chamado Assistir, o município deixou de receber R$ 21 milhões. “Tem gente esperando há mais de quatro anos. Muitas pessoas perderam a vida sem conseguir atendimento”, lamentou.
Enio Brizola (PT) criticou a condução da Secretaria Estadual de Saúde. “Temos um governo estadual que não administra, apenas almeja outros cargos. Essa gestão não só retirou os R$ 21 milhões de Novo Hamburgo, mas também transferiu o atendimento de Oncologia para Taquara, deixando pacientes agonizando na espera. Foi a pior gestão que já tivemos na saúde”, afirmou.
O vereador Ico Heming (Podemos) alertou que os pacientes recebem apenas uma ligação de contato e que muitas pessoas reclamam deste fato. “Enquanto Comissão de Saúde, podemos levar essa pauta adiante”, disse.
A vereadora Professora Luciana Martins (PT) ressaltou a necessidade de garantir que os mutirões de cirurgias possam ocorrer, enquanto Juliano Souto (PL) destacou os impactos negativos da demora nos procedimentos. “Esse problema causa grande sofrimento físico e psicológico às pessoas, que não sabem quando serão atendidas. Estamos juntos para buscar soluções e garantir a saúde da população”, declarou.
Por fim, o vereador Ricardo Ritter – Ica (MDB) reforçou a importância da assinatura conjunta de todos os parlamentares na matéria, para dar mais peso à solicitação. O presidente Cristiano Coller (PP) corroborou a fala do colega emedebista.
O que é uma moção?
A Câmara se manifesta sobre determinados assuntos – aplaudindo ou repudiando ações, por exemplo – por meio de moções. Esses documentos são apreciados em votação única e, caso sejam aprovados, cópias são enviadas às pessoas envolvidas. Por exemplo, uma moção louvando a apresentação de um projeto determinado no Senado pode ser enviada ao autor da proposição e ao presidente daquela casa legislativa.