Glacira Eli da Silva pode dar nome a rua no bairro São Jorge

por Luís Francisco Caselani última modificação 22/07/2024 23h07
22/07/2024 – Quando a servidora pública e ativista Glacira Eli da Silva perdeu a luta contra o câncer em fevereiro de 2021, a Câmara de Novo Hamburgo prontamente reconheceu sua atuação pelos direitos das mulheres atribuindo seu nome à sala da Procuradoria Especial da Mulher, no andar térreo do Legislativo. Agora, passados três anos, uma nova homenagem pode ser concretizada. Por iniciativa do vereador Ricardo Ritter – Ica (MDB), os parlamentares aprovaram por unanimidade nesta segunda-feira, 22, em primeira votação, projeto de lei que batiza com seu nome a rua 2 do loteamento Jardim do Sol, no bairro São Jorge.
Glacira Eli da Silva pode dar nome a rua no bairro São Jorge

Foto: Daniele Souza/CMNH

Uma das precursoras da Rede Integrada Laço Lilás, grupo criado em 2017 para agregar entidades de enfrentamento à violência de gênero, Glacira foi presidente dos conselhos municipais da Mulher (Comdim) e do Idoso (CMDCI). “Guerreira, batalhadora e dona de um coração gigante, sempre esteve preocupada com os assuntos da cidade, chegando a se candidatar ao cargo de vereadora. Envolvida nas causas sociais, amava seu trabalho e ajudar as pessoas, especialmente na defesa dos direitos da mulher”, recorda Ica.

Da tribuna, o emedebista também lembrou o apoio de Glacira a diferentes candidaturas suas ao cargo de vereador. “Éramos amigos de longa data. Nutríamos uma admiração mútua. Uma das grandes amizades que fiz dentro da política. Uma pessoa muito do bem, dedicada a várias causas, sempre disposta a ajudar todas as iniciativas sociais que tivéssemos”, reiterou. Felipe Kuhn Braun (PSDB) reforçou a memória do colega. Glacira era uma mulher que defendia o que acreditava com força e conhecimento. Sabia puxar a orelha e sabia elogiar. Esta é uma justa homenagem, e muito melhor vinda de ti, Ica, de quem ela era muito próxima”, acresceu.

Em nome da família, Caroline Eli da Silva, filha de Glacira, agradeceu o reconhecimento prestado pelos vereadores. “Falar da minha mãe emociona bastante. Ela sempre lutou muito pelas causas sociais da cidade, principalmente com os idosos e com as mulheres. Ficamos muito emocionados com a homenagem prestada”, discursou brevemente.

Apesar da manifestação favorável de todos os parlamentares, o Projeto de Lei nº 16/2024 ainda passará por nova votação nesta quarta, 24, antes de seguir para avaliação do Executivo.

Glacira

Natural de Ijuí, mas criada em Porto Alegre, Glacira nasceu no dia 16 de junho de 1952. Casada e mãe de três filhos, mudou-se com sua família para Novo Hamburgo em 1990. Formada em Gestão de Recursos Humanos, prestou concurso público e atuou como secretária de escola na rede estadual. Com o passar dos anos, também engajou-se na política. Após trabalhar em diferentes pastas dentro da Prefeitura, deu início à sua atuação nos conselhos municipais. À frente do Comdim, foi membro ativa das ações realizadas pela Rede Laço Lilás para divulgar o combate à violência contra as mulheres. Vítima de um câncer, Glacira faleceu no dia 7 de fevereiro de 2021, aos 68 anos.

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A aprovação em primeiro turno

Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.

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