Fundação de Saúde presta esclarecimentos sobre atendimentos e falta de médicos nas UPAs

por Daniele Silva última modificação 16/07/2025 18h44
16/07/2025 – Representantes da Fundação Pública de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH) estiveram na Câmara na manhã desta quarta-feira, 16, para prestar esclarecimentos sobre a demora nos atendimentos e a falta de médicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Canudos e Centro, bem como no Hospital Municipal. Participaram do encontro o diretor técnico hospitalar, Ricardo André da Rosa; o diretor-médico das UPAs, Rodrigo Ferreira; e o assessor da FSNH Fabrício Oliveira. Eles se reuniram com os vereadores Joelson de Araújo (Republicanos) e Ico Heming (Podemos), integrantes da Comissão de Saúde (Cosde) da Casa. Durante a reunião, os parlamentares sugeriram melhorias na comunicação entre a equipe médica, os pacientes e seus familiares, que frequentemente reclamam do tempo de espera nas instituições de saúde.
Fundação de Saúde presta esclarecimentos sobre atendimentos e falta de médicos nas UPAs

Foto: Daniele Souza/CMNH

O diretor técnico explicou que sua principal função é a gestão dos mais de 500 profissionais que atuam na instituição, embora diversas demandas surjam diariamente. Como exemplo, citou a recuperação dos leitos perdidos após o incêndio intencional ocorrido em janeiro. Ele também detalhou como é realizada a busca por profissionais médicos junto a empresas prestadoras de serviço já cadastradas na Fundação.

Presidente da Cosde, Joelson mencionou o caso de uma moradora do bairro Rondônia que faleceu após procurar atendimento diversas vezes na semana anterior. Ele questionou se há um protocolo clínico padrão e criticou a não realização de exames. O vereador também sugeriu que o coordenador da unidade possa ser incluído na escala médica em casos de ausência de profissionais.

Rodrigo Ferreira afirmou que, sem acesso ao prontuário da paciente, não seria possível avaliar o ocorrido. Explicou ainda que os protocolos de atendimento variam conforme cada caso e destacou a importância da relação médico-paciente. Quanto à inclusão do coordenador na escala, esclareceu que essa função é voltada à gestão da unidade e nem sempre o profissional está disponível para atendimentos.

Ricardo da Rosa ponderou que é fácil julgar um caso após o ocorrido e ressaltou que a principal função da UPA é descartar enfermidades graves, e não realizar diagnósticos específicos.

O vereador Ico Heming apresentou questionamentos de cidadãos, como o caso de pacientes mantidos na ala de observação, mesmo com leitos disponíveis. O diretor explicou que muitos desses leitos são reservados para pacientes que passarão por procedimentos cirúrgicos ou exames invasivos.

Para minimizar o sofrimento de quem aguarda no saguão, os parlamentares reiteraram a necessidade de melhorar a comunicação entre médicos, pacientes e familiares, uma das principais reclamações encaminhadas aos vereadores.

Rodrigo Ferreira informou que outros parlamentares também haviam apontado essa necessidade e que, na UPA Centro, já existe um interlocutor designado para prestar informações às famílias. Acrescentou ainda que está em tratativas para encaminhar pacientes sem urgência ou emergência, que tenham condições de se deslocar, para horários ociosos nas unidades básicas de saúde e de saúde da família. A medida visa reduzir a demanda nas UPAs e qualificar os atendimentos prestados.

O presidente da Câmara, Cristiano Coller (PP), acompanhou a reunião.