Enfermeiro descarta surto e reforça importância da vacinação contra meningite

por Luís Francisco Caselani última modificação 09/04/2019 00h15
08/04/2019 – Responsável pelo serviço de vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o enfermeiro Edson da Silva ocupou a tribuna na noite desta segunda-feira, 8 de abril, para prestar esclarecimentos sobre a cobertura vacinal contra meningite em Novo Hamburgo. Ele destacou as imunizações ofertadas pela rede pública, que atuam contra os tipos mais recorrentes da doença, e as faixas etárias indicadas para cada dose. Silva, que utilizou o espaço de fala em atendimento a convite requerido pelo vereador Enfermeiro Vilmar (PDT), ainda descartou a existência de um surto de meningite na cidade.
Enfermeiro descarta surto e reforça importância da vacinação contra meningite

Crédito: Jade Aquino/CMNH

"Novo Hamburgo registra uma média de 60 casos por ano", informou Silva, esclarecendo que é muito baixo o percentual de óbitos. Ele salientou que a rede municipal de saúde disponibiliza três tipos de vacinas de combate à meningite, uma contra a bactéria meningocócica C, outra que abrange as pneumocócicas e a pentavalente (Haemophilus influenzae tipo b). “Precisamos lembrar as pessoas que só acabaremos com a doença imunizando as crianças. Agimos com as estratégias de saúde da família na educação da população. Cada vez mais percebemos a importância de se manter esquemas vacinais em dia”, frisou. Para Silva, a divulgação de novos casos em municípios próximos resultou em um aumento da procura junto às unidades de saúde, o que deve fazer com que o Município se aproxime da meta de 95% das crianças.  

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Conforme divulgado pela SMS, todas as faixas etárias contempladas no calendário preconizado pelo Ministério da Saúde recebem a imunização contra a meningite tipo C. As vacinas podem ser encontradas em todas as unidades de saúde do Município e na Casa da Vacina, na avenida Coronel Frederico Linck, 900, no bairro Rio Branco. A primeira dose deve ser aplicada aos 3 meses de vida, com reforços aos 5 meses, 1 ano e entre 11 e 14 anos. De acordo com a Gerência de Vigilância Sanitária, a população deve respeitar o calendário vacinal, uma vez que a vacina não é recomendada fora das faixas etárias indicadas.

Houve um problema de abastecimento no ano passado, e essa demanda ficou represada”, pontuou Silva. O vereador e médico Raul Cassel (MDB) lembrou a importância de se prestar atenção aos sintomas da doença, em especial dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço e vômitos. Gerson Peteffi (MDB) perguntou por que apenas as vacinas contra a meningite tipo C são distribuídas. “Isso é em cima das bactérias que mais aparecem. No momento, o C é mais comum. Por isso que se investe nessas três vacinas”, explicou Silva. De acordo com o enfermeiro, a rede privada oferta novos produtos – contra Meningite B e ACWY, com valor unitário da dose variando entre R$ 500,00 e R$ 600,00. “Se a família tem condição, faça, porque é um investimento na vida do próprio filho”, recomendou.

Edson da Silva aproveitou o espaço ainda para divulgar o início da campanha de vacinação contra a gripe, que se estenderá do dia 10 de abril a 31 de maio, com prioridade inicial para crianças, idosos, gestantes e puérperas. “Ano passado não tivemos nenhum caso do vírus H1N1, e isso é resultado da vacinação. O motivo de muitas doenças deixarem de existir no nosso município é devido à vacinação”, finalizou.

A meningite

Meningite é o nome dado à inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, afetando toda a região e dificultando o transporte de oxigênio para as demais células do corpo. A doença pode ser causada por bactérias, fungos ou vírus e provoca sintomas como dor de cabeça e na nuca, rigidez no pescoço, febre e vômito, podendo evoluir para perda dos sentidos, gangrena nas extremidades, paralisia e surdez. Por ser de rápida progressão, a meningite deve ser rapidamente tratada.

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