Desafios dos museus foi tema do projeto Cidade (In)visível em maio
Idealizado pela Escola do Legislativo em parceria com a Associação dos Procuradores do Município (APMNH) e a OAB Subseção Novo Hamburgo, o projeto integra uma série de ações realizadas pela Câmara e outras entidades para pensar os 100 anos de Novo Hamburgo, que serão comemorados em 5 de abril de 2027. A diretora da escola, Maria Carolina Hagen, destacou a iniciativa como espaço de conexão entre o poder público e a comunidade. “O objetivo dos eventos ao vivo é a participação ativa do cidadão, interagindo com os convidados, enviando questionamentos e sugestões para próximos debates.”
Segundo Ida, o museu, localizado no Campus I da Feevale, é o guardião de uma memória que construiu a cidade. “Era um sonho da própria comunidade, que queria um espaço físico para mostrar aquilo que foi essencial para o desenvolvimento de Novo Hamburgo. Quando os alemães aqui chegaram, eles sabiam fazer trabalhos manuais. Havia em Estância matadouros de onde sobrava muito couro. Essa matéria prima foi utilizada inicialmente para a produção de calçados para a família. Com a chegada do trem, as pessoas que vinham da serra começaram a levar os itens para a venda, desenvolvendo o comércio na região.”
O enorme acervo do MNC faz com que ele seja fonte de pesquisadores de todo o país. Há também parcerias com indústrias do município para mostrar como é feito o trabalho hoje, usando tecnologia e inovação. “Somos o segundo museu em número de visitação no Estado. Como não temos um espaço muito grande, renovamos a exposição com bastante frequência, o que atrai os visitantes. Além disso, sempre que há algum festejo, fazemos mostras itinerantes”, pontou a educadora. Para Ida, em cima de um passado sólido pode-se construir um futuro bem maior.
O curador da Fundação Scheffel ressaltou a parceria entre as instituições e os desafios do trabalho, especialmente durante a pandemia. “Pensar museu é um paradoxo. Guardamos a memória, mas precisamos sempre nos modernizar, pensar alternativas para sermos atuais também.”
Outro desafio, segundo ele, é a diversidade do acervo, uma vez que a entidade administra também a Casa Schmitt-Presser. “São itens e características muito diversas. Um é uma casa-museu e tem no imóvel a estrela principal. Já o outro abriga obras artísticas e inúmeros documentos, fruto do nosso trabalho na preservação do patrimônio, muito utilizado pela comunidade acadêmica.” Ele lembrou também que a fundação sempre promoveu eventos culturais, como objetivo de levar arte e promover encontros no espaço.
Sobre a pandemia, Ângelo afirmou que ela trouxe a oportunidade dos museus se voltarem para o seu interior, buscando melhorias e reorganizando acervos. “Neste um ano e meio não se trabalhou menos, pelo contrário. Acredito que depois disso tudo voltaremos mais dinâmicos, com uma demanda represada por esse período de distanciamento. Será um feliz encontro com o nosso público”, finalizou.
Leia mais: - Histórias de Hamburgo Velho e participação do público marcam estreia do projeto Cidade (In)visível
- Projeto Cidade (In)visível enaltece a preservação do patrimônio e da identidade de Novo Hamburgo
Assista ao bate-papo na íntegra:
Próximos encontros
Além de dar visibilidade às histórias e personalidades que compõem a identidade de Novo Hamburgo, o projeto pretende trazer ideias e perspectivas para se pensar a cidade que a população quer no futuro. Por isso, a Escola do Legislativo convida a todos que quiserem contribuir na elaboração de novas pautas. Dúvidas e sugestões podem ser encaminhas para escoladolegislativo@camaranh.rs.gov.br. Todos os bate-papos estão disponíveis no canal da TV Câmara no Youtube.
👁Siga @tvcamaranh no Facebook e @camaranh no Instagram.
📡 Inscreva-se no canal do YouTube TVCamaraNH.