Dengue: Novo Hamburgo em situação de calamidade pública com mais de 8 mil casos confirmados e 8 mortes
Doutoranda em Qualidade Ambiental na Universidade Feevale, Julyana destacou quais foram as medidas adotadas pelo município em prol da prevenção do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Uma equipe de soldados do Exército se uniram ao Projeto de Prevenção e Combate à Dengue, convênio firmado entre Feevale e Prefeitura, para auxiliar na vistoria das residências e na eliminação de focos. Segundo a especialista, os bairros mais atingidos em Novo Hamburgo são Diehl e São José, ao norte; Canudos, a leste; Boa Saúde, no oeste; e Santo Afonso, no sul. A ação conjunta garantiu, em um dia de atividade, a visita a 560 lares somente no último bairro mencionado.
A médica veterinária fez um apelo aos hamburguenses para que colaborem na vigilância constante dos possíveis depósitos das larvas do mosquito, ressaltando que os potes de água dos animais de estimação (o líquido deve ser trocado e o recipiente limpo e escovado com material abrasivo para eliminar focos), brinquedos e tampinhas de garrafas são os principais reservatórios. Ela também pediu atenção especial às águas das piscinas, que devem estar sempre cloradas, e ao depósito irregular de resíduos em vias públicas.
Em Novo Hamburgo, além dos 'fumacês' – dedetizações realizadas nas ruas da cidade e nos prédios públicos com inseticida aprovado pelo Ministério da Saúde, floriculturas e borracharias estão recebendo visitas semanais para verificação da presença do vetor.
Sintomas da dengue
Durante o programa, Julyana também destacou os principais sintomas da dengue e a importância da procura pelo serviço de saúde em casos de suspeita. Entre os principais estão: febre alta (38,5), dores musculares intensas, mal estar, falta de apetite, dor no fundo dos olhos e manchas vermelhas no corpo. “O atendimento inicial e rápido garante agilidade no diagnóstico e no tratamento e salva vidas”, destacou. Quando o caso é confirmado, a ação mais importante é a hidratação, com água e com soro fisiológico, oral ou na veia, caso necessário.
Julyana ainda falou sobre o Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, e os conceitos relacionados à saúde única: convivência harmônica dos seres humanos com o meio ambiente.
Em fevereiro deste ano, o programa já havia abordado o assunto em entrevista com o professor e virologista, Dr. Fernando Spilki, pró-reitor da Universidade Feevale. Ao longo do bate-papo, o profissional salientou as ações realizadas no município para combater o mosquito e enfatizou as medidas necessárias para prevenir a proliferação da doença. Ele já havia anunciado que os casos de contaminação pela doença teriam seu pico no mês de abril. Confira as entrevistas completas: