Coordenador apresenta trabalho intersetorial de políticas públicas para a juventude
Ele contou participar de reuniões semanais de rede com profissionais da educação, assistência social e esporte e lazer. “Fortalecemos o vínculo com entidades que atuam com os jovens. Também participamos ativamente do Gabinete de Gestão Integrada do Município, do Conselho Municipal de Assistência Social e temos um trabalho articulado com as demais coordenadorias. Além disso, auxiliamos efetivamente no socorro das vítimas atingidas nas enchentes”, relatou.
Enfermeiro Vilmar questionou o modelo de atuação empreendido pela coordenadoria. “Vocês acabam trabalhando com várias secretarias ao mesmo tempo. Acredito que o foco deveria ser palestras nas escolas e atendimento a ex-usuários de drogas. É preciso engajar mais a juventude dentro da sociedade, ajudando adolescentes que querem levar uma vida melhor”, pontuou. Machado disse que já foram formalizadas parcerias com entidades de recuperação terapêutica. “Uma das nossas metas é a promoção de atividades contra as drogas. Sabemos que geralmente o jovem chega às substâncias ilícitas por conta da falta de estrutura familiar”, enfatizou
Casa da Juventude
O vereador Vladi Lourenço (PP) perguntou sobre o fechamento da Casa da Juventude e de que maneira a coordenadoria está incentivando o uso do espaço. O parlamentar lembrou que a União dos Estudantes de Novo Hamburgo (UENH) esteve em sessão da Câmara em setembro de 2018 reivindicando a devolução da sede. “A Casa da Juventude é cedida em comodato para a UENH. Nós somos os gestores e fiscalizamos, mas não cabe a nós a tomada de ações. No entanto, com a inércia da UENH, chamamos os responsáveis para reuniões. A vontade do poder público já era ter tomado a Casa de volta, para não deixá-la sem atividades”, lembrou.
O coordenador salientou que foi aberto um novo prazo para que a UENH apresente projetos para o uso do espaço. As propostas devem ser apresentadas em reunião no dia 4 de junho. “Se os projetos que buscamos não forem desenvolvidos, buscaremos reaver a Casa. É um espaço amplo que precisa ser usado. Se eles não usarem, temos atividades para implementar”, complementou.
Conselho municipal
Enio Brizola (PT) questionou sobre ações próprias da coordenadoria e se Machado, com seus 43 anos de idade, sente-se confortável em exercer o cargo. “Nós, com idades mais avançadas, podemos ser protagonistas de políticas públicas para a juventude? Não seria mais adequado termos jovens pensando por eles mesmos? A impressão é que falta confiança nos jovens para gerir recursos”, sinalizou. “Todos que estamos aqui fomos jovens. Nada melhor que alguém que fale com experiência vivida. Nossas ações são quase que indivisíveis. Impossível trabalhar sem parcerias”, respondeu o coordenador.
O representante do Executivo ainda destacou que a inatividade do Conselho Municipal da Juventude (Comjuve) emperra a busca de recursos para ações mais específicas. “O Comjuve está inativo desde a gestão anterior. Um dos nossos planos de atuação é sua reativação do Comjuve. Logo deve chegar a esta Casa projeto aprimorando a lei que o instituiu. Enquanto isso, estamos trabalhando com os recursos que temos”, afirmou.
O líder do Governo na Câmara, Sergio Hanich (MDB), e a vereadora Tita (PP) parabenizaram o trabalho realizado e defenderam a intersetorialidade. “Concordo que é preciso experiência para auxiliar a juventude”, endossou Tita. “Não posso acreditar que uma pessoa de 40 anos não pode assumir trabalhos pela juventude”, reforçou Serjão. O presidente da Câmara, Raul Cassel (MDB), disse que é preciso potencializar os jovens. “Hoje o adolescente precisa de desafios, de capacitação, de estar dentro de uma condição além da obrigação da escola regular. E aí entra o contraturno. Fica minha sugestão no sentido de potencializar estruturas já organizadas para que busquem parcerias para atividades em turno inverso”, finalizou.