Comissão de Obras analisa projetos e sugere unificação de propostas para simplificar consultas à legislação

por Maíra Kiefer última modificação 28/10/2025 18h59
28/10/2025 – Após a tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (Cojur), os colegiados que analisam Obras e Serviços Públicos (Coosp) e Educação e Cultura (Coedu) foram os grupos a dar seguimento ao maior número de propostas na semana passada. A maioria delas é oriunda de iniciativas de parlamentares. Das sete matérias que receberam aval dos vereadores da Coosp, cinco são originárias da Casa Legislativa e o restante do Executivo. Duas matérias sobre violência nas escolas, elaboradas conjuntamente por Daia Hanich (MDB), Enio Brizola (PT) e Professora Luciana Martins (PT), quando avaliadas, resultaram em debates sobre unificação dos regramentos em uma única proposição ao passarem pelo crivo do presidente Joelson de Araújo (Republicanos), do relator Giovani Caju (PP) e do secretário Ito Luciano (Podemos), integrantes da Coosp.
Comissão de Obras analisa projetos e sugere unificação de propostas para simplificar consultas à legislação

Crédito: Maíra Kiefer/CMNH

Dentro do conjunto de PLs do Parlamento, os projetos de lei n° 87 e n° 96/2025, embora com o seguimento ao Plenário autorizado, levantaram na quarta-feira, 23, algumas indagações relacionadas à forma de apresentação. Por isso, os membros da Coosp fizeram questionamentos ao setor de Apoio Legislativo, para tentar unificar as duas iniciativas.

A primeira cria o Programa Municipal de Combate à Violência nas Escolas, e a segunda inclui dispositivos sobre o mesmo tema e em relação à exploração infantil e crimes de internet na Lei Municipal n° 2.822/2015. Em ambas as proposições, emendas apresentadas anteriormente corrigiram pontos que resultavam em parcial juridicidade. Devido ao fato de versarem sobre assuntos correlacionados, o presidente da Coosp, Joelson de Araújo, fez a consulta para verificar a possibilidade de se agrupar o conteúdo, no intuito de simplificar cada vez mais a legislação.

“Temos historicamente o problema de ter 300 leis parecidas umas com as outras e que, se houvesse a possibilidade de estarem todas juntas em um único documento, facilitaria a consulta para a população”, lamentou Joelson. Durante a reunião da Comissão de Saúde (Cosde), que também abordou o tema, Deza Guerreiro relatou que, quando propõe mudanças na área da causa animal, prioriza alterações na Lei Municipal n° 433/2000. Artêmio apontou que a Coosp pode sugerir aos autores essa alternativa. O grupo decidiu, então, contatar os criadores das propostas. Entre as alternativas, está a retirada de uma proposição, caso seja do entendimento dos proponentes dos PLs, e a elaboração de substitutivo do que se decide manter, englobando todo o conteúdo.

Duas proposições nomeando ruas na Vila Pilger também tiveram seu prosseguimento autorizado. A rua 1, na confluência das ruas 2 e Capitão Rodrigo Cambará, no bairro Vila Nova, será denominada Emília Catarina Heck. A proposta é do vereador Felipe Kuhn Braun (PSDB), por meio do Projeto de Lei nº 121/2025. Bem próximo ao local, a rua 2, paralela à Travessa Martin Pilger, poderá ser denominada Vanderlei Cardoso Rodrigues. A iniciativa é do vereador Eliton Ávila (Podemos), por meio do Projeto de Lei n° 122/2025.

Outra matéria também analisada foi o Projeto de Lei nº 82/2025. Reformado por emenda, o texto assinado por Ico Heming (Podemos) reforça o direito de pessoas com transtorno do espectro autista a atendimento prioritário em hospitais e unidades de saúde da cidade. Para facilitar a identificação, a matéria determina o uso do símbolo do quebra-cabeça na própria pulseira de classificação de risco. O conteúdo recebeu a autorização de trâmite da Coosp, Coedu e Cosde.

Entre as matérias da administração municipal, foram analisados o Projeto de Lei n° 106/2025, que institui o Programa Municipal de Lar Temporário Voluntário para Animais, pela Comissão de Meio Ambiente (Comam), Comissão de Finanças (Cofin) e Coosp, e o Projeto de Lei Complementar nº 19/2025, que disciplina o uso de bens municipais por terceiros, em conformidade com a Lei Orgânica do Município, pelos dois últimos colegiados.

O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Cojur se reúne semanalmente às segundas-feiras, a partir das 13h, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.