Cojur analisa dois projetos e recebe minuta de proposta sobre aposentadorias especiais
As mudanças propostas na legislação da década de 1970 vão permitir a liberação do ossário e o atendimento ampliado da reserva obrigatória de 5% do total de sepulturas existentes no cemitério para utilização pelo Poder Público Municipal. A partir dessa proposição, o cumprimento poderá ser feito por cremação de cadáveres ou incineração de restos mortais, também de forma gratuita, quando encaminhados pela Municipalidade. Anteriormente, essa quantidade era destinada exclusivamente a sepultamentos sem custos. Para os casos de cremação e incineração, os serviços serão equivalentes a 10% do total de sepulturas. Esse quantitativo será renovado a cada cinco anos.
“É crescente a utilização da cremação em vez do sepultamento, situação que, levada a extremo, poderia tomar a previsão constante no caput do art. 5° ineficaz. Assim, existe a necessidade de atualização da legislação para prever a possibilidade de conversão do percentual de sepultamentos em determinado quantitativo de cremação de cadáveres ou incineração de restos mortais. Da mesma forma, pretende-se estabelecer um critério objetivo para a definição da quantidade de cremação e incineração de restos mortais na hipótese de conversão, optando-se pelo percentual de 10% da quantidade total de sepulturas existentes no respectivo cemitério”, explica a administração municipal por meio da justificativa.
Outra matéria analisada pelos vereadores foi o Projeto de Lei nº 70/2021, de autoria de Darlan Oliveira (PDT). A proposta obriga motoristas a prestarem socorro após atropelarem qualquer animal em uma via pública da cidade. O desrespeito à norma acarretaria a aplicação de multa ao infrator, em valor a ser definido pela Prefeitura. A medida seria válida também para ciclistas e motociclistas. Após passar pela Procuradoria-Geral, a proposição recebeu parecer antijuridicidade, pelo fato de a iniciativa da matéria pertencer constitucionalmente à União. Além disso, como teria vinculação com o Código Ambiental, caberia ao Executivo propor essa mudança. O colegiado acatou a posição do jurídico da Casa e propôs a apresentação de um projeto de sugestão.
Além de deliberar sobre duas matérias legislativas em tramitação, o grupo recebeu o guarda municipal Rogério Carlos Ribas Bittencourt. O representante dos servidores trouxe uma proposta de redação de projeto de lei complementar acerca de aposentadorias especiais. A minuta foi anexada à Indicação nº 3215/2021, de autoria de Peteffi e Fernando Lourenço, que ingressou na ordem do dia de quarta-feira passada. Eles já haviam recebido a demanda da categoria. Os parlamentares abriram a oportunidade para a assinatura dos colegas Cristiano Coller (PTB), Darlan Oliveira (PDT), Enio Brizola (PT), Ito Luciano (PTB), Lourdes Valim (Republicanos), Raizer Ferreira (PSDB), Ricardo Ritter – Ica (PSDB), Sergio Hanich (MDB) e Semilda – Tita (PSDB).
Os autores solicitam ao Poder Executivo estudo de viabilidade e análise jurídica a respeito da questão, em virtude de adequação necessária para a inclusão deste estamento legal na Legislação Municipal. “Nós buscamos aposentadoria especial dentro do âmbito que já acontece na segurança pública”, esclareceu Bittencourt, que entende que a regulamentação deve ocorreu por meio de lei municipal.
O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as matérias que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Cojur se reúne às quartas-feiras, a partir das 13h30 na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.