Câmara presta homenagem aos 75 anos do Colégio Marista Pio XII

“Celebrar os 75 anos do Pio XII é um ato de reconhecimento a sua história e de valorização de cada professor e funcionário que dá vida a esse educandário. Ao longo das sete décadas e meia, a instituição se consolidou como um espaço de aprendizado, descoberta e construção coletiva do saber, sem jamais perder de vista os valores humanos e cristãos que fundamentam sua atuação. Seus alunos são incentivados a aprenderem para além dos muros da escola, compreendendo o papel do conhecimento na construção de uma sociedade mais ética, justa e sustentável”, salientou Felipe, que reiterou o trabalho educacional e social empreendido pelos irmãos maristas.

Com 110 anos de presença no que hoje é o município de Novo Hamburgo, a congregação iniciou seu projeto pedagógico na região quando convidada a atuar no Colégio São Jacó. Apenas anos mais tarde, em 1950, os irmãos assumiriam a então Escola Paroquial Pio XII, voltada para o atendimento de filhos de operários da emergente indústria calçadista. As atividades letivas seriam transferidas para a sede atual, no bairro Vila Rosa, em 1962. Hoje, além dos mil alunos matriculados no Pio XII, o espaço de mais de 17 mil metros quadrados também recebe à noite as aulas gratuitas da educação de jovens e adultos (EJA) do Colégio Marista São Marcelino Champagnat.

“O Colégio São Jacó foi, por décadas, um dos grandes esteios da intelectualidade e da formação de jovens na cidade, muitos dos quais vinham do interior em regime de internato. E o Pio XII reafirmou esse compromisso dos maristas com a educação de excelência, a promoção dos valores cristãos e o desenvolvimento da comunidade local. Nele, solidariedade e cidadania caminham juntas, formando sujeitos protagonistas de suas próprias histórias”, emendou o proponente pouco antes de convidar um grupo de alunos para uma apresentação musical.

Diretor do Colégio Marista Pio XII, Gilberto Costa agradeceu a homenagem e a presença de educadores, pais e alunos. “Ao fundar o Instituto Marista, em 1817, São Marcelino Champagnat deu início à missão de colaborar na construção de um mundo mais justo e fraterno por meio da educação e da evangelização. Há 125 anos, os primeiros irmãos maristas chegaram ao Rio Grande do Sul. Quinze anos depois, alguns vieram para Novo Hamburgo. Desde então, nunca deixaram de lado as mais importantes inspirações de seu fundador, compreendendo a educação como meio fundamental para a transformação do mundo e da sociedade. Há 75 anos, o Pio XII faz parte da história de Novo Hamburgo. Agora, reforçamos o compromisso de formar cidadãos conscientes, críticos e preparados para os desafios do mundo, aliando a preparação acadêmica à formação de valores humanos e cristãos”, sublinhou.

Enio Brizola (PT) fez questão de elogiar não apenas o trabalho realizado pelo Pio XII, mas principalmente a educação de jovens e adultos. “A presença marista é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e humano da nossa cidade. Tenho testemunhado ao longo da minha vida as obras maristas desde o Centro Social de Canudos, enquanto perdurou, até o que ele se transformou, com o Colégio São Marcelino Champagnat. Tenho muito orgulho de a rede privada ter essa preocupação; uma escola que doa seu patrimônio material e humano para a transformação social”, afirmou.

Relatora da Comissão de Educação da Câmara, Professora Luciana Martins (PT) reforçou o papel das escolas na formação de cidadãos. “Parabéns a todas as famílias que optam e que passaram pelo Pio XII ao longo desses 75 anos. Viva a educação, seja ela pública ou privada, pois ela transforma vidas e constrói nossa sociedade”, frisou.

Eliton Ávila (Podemos) fez coro à manifestação dos colegas. “Acredito que o verdadeiro sentido da educação e da política é transformar vidas, principalmente as das nossas crianças. E a congregação marista tem feito isso com excelência. Só combateremos as desigualdades criando novas oportunidades, e, há mais de 25 anos, vocês abriram portas para pessoas que, lá atrás, não tiveram a oportunidade do estudo”, pontuou.

Juliano Souto (PL) discorreu sobre a história do Instituto Marista e parabenizou os presentes. “São mais de 200 anos de um trabalho que se espalhou pelo mundo todo. Vocês não são uma instituição privada voltada unicamente a pessoas com condições financeiras, mas fazem também um trabalho junto a famílias em estado de vulnerabilidade. Parabenizo por essa história magnífica que não termina aqui e que, com certeza, ainda terá muitas novas conquistas”, acresceu.

A vice-presidente da Câmara, Daia Hanich (MDB), encerrou a sequência de discursos parlamentares. “São 75 anos educando, acolhendo e formando não apenas estudantes, mas pessoas com valores humanos e cristãos. É uma escola que faz parte da vida da nossa cidade, da nossa memória e do nosso coração. Parabéns a toda a equipe da escola, aos alunos, às famílias e que venham ainda muitos anos de sucesso pela frente”, desejou.