Câmara cria comissão para acompanhar situação do atendimento oncológico na cidade
Um dos autores originais do requerimento, Enio Brizola (PT) explicou que a decisão pela descontinuidade partiu de uma divergência em relação a valores atrelados à prestação do serviço. “Há uma reclamação apresentada ainda em janeiro pelo Hospital Regina quanto à necessidade de reajuste. Agora veio a público e precisamos saber qual a posição da prefeita Fátima Daudt e do governador”, asseverou. “Devido à total falta de visão, o Governo Federal e o Estado não repactuarão os valores pagos ao Hospital Regina, praticamente obrigando o fechamento do atendimento oncológico e o transferindo para Taquara”, resumiu o médico e vereador Gerson Peteffi (MDB).
Enio Brizola afirmou que a Câmara não pode assistir passivamente a todo o transtorno causado pela suspensão do serviço. “São 943 pessoas que estão em tratamento, sendo que há uma lista para o ingresso de mais de 200 pacientes. Somando as pessoas que estão em pós-tratamento, são aproximadamente 3 mil cidadãos atendidos por esse convênio”, mensurou o parlamentar. Ricardo Ritter, o Ica (PSDB), acrescentou que o atendimento prestado pelo Hospital Regina não era limitado apenas a Novo Hamburgo. A instituição recebia também moradores de Dois Irmãos, Estância Velha e Ivoti. “É algo muito grave que está acontecendo para toda a região”, alertou.
Comissões especiais
Previstas pelo artigo 77 do Regimento Interno da Câmara, as comissões especiais do Legislativo hamburguense são constituídas para analisar matérias de relevância, podendo encaminhar a convocação de secretários municipais e diretores de autarquias, bem como promover audiência pública. Os grupos são compostos por no mínimo três membros, observando, sempre que possível, a proporcionalidade partidária. Com prazo determinado de encerramento, as comissões especiais são concluídas com a apresentação de relatório ou projetos de lei, resolução ou decreto legislativo.