Caixa-d’água com risco de queda no bairro Canudos mobiliza Comissão de Direitos Humanos

por Luís Francisco Caselani última modificação 17/02/2021 17h14
16/02/2021 – Em plena terça-feira de Carnaval, a nova formação da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa do Consumidor da Câmara de Novo Hamburgo (Codir) realizou sua primeira saída de campo. O motivo foi uma caixa-d’água que corre risco de queda em área abandonada na rua Bartolomeu de Gusmão, em Canudos. A condição da estrutura, deteriorada pela ferrugem, preocupa moradores vizinhos. A comissão notificará a Caixa Econômica Federal, proprietária do imóvel, para que tome as devidas providências. A demanda também será levada à Prefeitura e ao Ministério Público Federal para acompanhamento e fiscalização.
Caixa-d’água com risco de queda no bairro Canudos mobiliza Comissão de Direitos Humanos

Fotos: Luís Francisco Caselani/CMNH

A preocupação com o abandono do imóvel é uma pauta antiga da Codir. O espaço, que já abrigou empresas calçadistas no passado, enfrenta forte depredação desde que deixou de ser utilizado pela Prefeitura. A área de mais de 17 mil metros quadrados sediava a Fábrica da Cidadania, a oficina de automóveis do Município e a Defesa Civil. “A motivação de estarmos aqui é o descaso com um prédio público, que hoje serve como área de deposição irregular de resíduos; virou um lixão. E agora também coloca os moradores em risco com esta caixa-d’água abandonada”, indicou Enio Brizola (PT), presidente da Codir. O parlamentar esteve acompanhado das demais integrantes da comissão, a relatora Tita (PSDB) e a secretária Lourdes Valim (Republicanos), e do vereador Ricardo Ritter, o Ica (PSDB).

Morador do entorno, Ica ressaltou que a reivindicação já perdura mais de três anos. Em 2020, o parlamentar, que exercia a suplência à época, solicitou um parecer técnico à Defesa Civil. O laudo, assinado em 9 de outubro, aponta o “péssimo estado de manutenção” da torre que sustenta o reservatório e pede à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) que notifique a Caixa para a demolição da estrutura e a remoção da caixa-d’água.

Vizinho do imóvel, Andrei Cerri explicou que a angústia dos moradores é intensificada em dias de temporal. A torre range bastante quando começam os ventos fortes. Não conseguimos dormir direito. É complicado para as crianças. Quando começam os ventos, nós automaticamente levantamos e viemos olhar, prestar atenção e tentar fazer alguma filmagem para mandar aos órgãos públicos para que derrubem logo isso aí”, lamentou. De acordo com Cerri, famílias vizinhas já se mudaram devido à situação.

Há quatro anos que este imóvel não é mais utilizado, então a caixa-d’água ficou abandonada. E quando vemos tempestades se formando em dias claros, até conseguimos ver a torre se movimentando. Queremos que seja acionada a Caixa Econômica Federal. O cenário de abandono vocês podem ver aqui: lixo acumulado, depósitos de água que permitem a proliferação de mosquitos. Nós queremos que eles tomem uma atitude”, reiterou Ica.

Esta área já gerou empregos e riquezas para o município, mas hoje se encontra em situação de total descaso. É importante que a comissão fortaleça e acompanhe a demanda, porque não dá para continuar essa condição de risco para os moradores”, declarou Brizola. “Creio que agora vai ter uma solução, antes que aconteça uma tragédia maior”, finalizou Cerri.