Veto a projeto de identificação de linhas nas paradas de ônibus é mantido
De acordo com o ofício enviado pela Prefeitura, o motivo do veto é inconstitucionalidade decorrente de vício de origem, ou seja, esse tipo de projeto poderia apenas ser apresentado pelo Poder Executivo.
Defesa do projeto
Antes da votação, Cassel foi à tribuna defender sua proposta e pedir a derrubada do veto. “Vi com surpresa esse veto integral. Fiquei perplexo porque isso nem deveria ser alvo de lei: já deveria ser feito há muito tempo. Quando se instala um serviço público por meio de concessão, é normal que o concessionário identifique seu produto e oriente os consumidores. As pessoas, normalmente, utilizam apenas uma linha e não têm conhecimento do sistema de transporte coletivo de Novo Hamburgo. E essa iniciativa não partiu de mim, mas de um grupo que experimentou, diante das dificuldades do trânsito, utilizar o ônibus como meio de transporte diário.” Ele também afirmou não concordar com os argumentos apresentados pela Prefeitura. “Poderíamos estimular as pessoas a deixar o carro na garagem. Mas, hoje, se alguém for a uma parada, não vai saber que linhas passam por ali.”
Votação
Para que um veto seja derrubado, são necessários oito votos contrários. Nesta votação, foram sete votos contrários e seis favoráveis. Votaram contra: Cristiano Coller (PDT), Gerson Peteffi (PSDB), Inspetor Luz (PMDB), Jorge Tatsch (PPS), Professor Issur Koch (PP), Raul Cassel (PMDB) e Sergio Hanich (PMDB). Votaram a favor: Enfermeiro Vilmar (PR), Gilberto Koch – Betinho (PT), Luiz Fernando Farias (PT), Naasom Luciano (PT), Patrícia Beck (PTB) e Antonio Lucas (PDT).
Serjão e Luz lamentaram a manutenção do veto, frisando que quem perde com ele é a comunidade. Coller disse que havia prometido a eleitores lutar pela aprovação desta proposta. Cassel lembrou que outro projeto aprovado pela Câmara, que obriga empresas a tomarem certas iniciativas (PL nº 63/2013), recebeu somente um veto parcial.
Naasom apontou que o concessionário atual poderá perder a concessão em breve, pois haverá uma nova licitação. Farias lembrou que a Lei de Mobilidade Urbana obriga todos os municípios a ter um plano de mobilidade – e a identificar as paradas – até 2016. “Não temos como dizer agora que obrigar as empresas a colocar as identificações não criaria custos, podendo implicar até aumento das passagens. Mas a comunidade não perdeu, pois a lei nacional torna obrigatória essas informações até 2016.”