Sistema de videomonitoramento será ampliado em breve
Silva disse que o monitoramento é realizado 24 horas por dia pela Guarda Municipal e pela Brigada Militar. São, ao todo, 41 câmaras. Segundo ele, os problemas de manutenção já foram, em grande parte, resolvidos. “Hoje, temos quatro câmeras em manutenção – 10% do total, o que é bastante aceitável.” A ideia é ampliar o sistema, incluindo algumas vias sugeridas pelos vereadores e outras definidas por meio do Orçamento Participativo. Além disso, a situação dos veículos filmados poderá, em breve, ser consultada nos órgãos responsáveis.
O secretário lembrou ainda que, com apoio da Câmara, em alguns dias o entorno do Instituto Penal contará com câmeras. Fufa Azevedo (PT) disse que o videomonitoramento é essencial para resolver a questão da segurança, destacando a experiência positiva, que uniu parlamentares e Executivo, para a instalação de câmeras naquele local. “Os vereadores delegaram 70% do valor para esse projeto”.
Sugestões e questionamentos dos vereadores
Farias ponderou que o vandalismo ocorre devido à certeza da impunidade, em especial na Praça 20 de Setembro. Por isso, disse, esse e outros espaços merecem uma atenção especial. Luz ressaltou que muitos problemas de segurança se devem a falhas na legislação. Ele também falou sobre a importância do entrosamento e integração dos órgãos do setor.
Antonio Lucas (PDT) parabenizou o secretário, e apontou que as câmeras fazem o trabalho de muitos policiais, além de agilizar os procedimentos de investigação. O parlamentar pedetista pediu orientação de como a comunidade pode conseguir as imagens das gravações.
Mauro esclareceu que existe uma gerência de videomonitoramento, que verificará a existência dos registros e repassará as imagens para a Polícia Civil. “O delegado solicita os vídeos e dará o devido encaminhamento”, afirmou. Inspetor Luz esclareceu que as imagens devem estar vinculadas a algum delito, por isso, a solicitação ocorre via delegado.
Sergio Hanich (PMDB) reiterou demanda da comunidade do Santo Afonso para instalação de câmeras de videomonitoramento no bairro. O vereador questionou como o GGI não constatou que um joão-de-barro fez uma casa sobre uma câmera na José do Patrocínio e 25 de julho. Mauro disse que há dois ou três anos o equipamento daquele local havia sido retirado, por isso, não foi uma desatenção da equipe de monitoramento: no local estava apenas o suporte da câmera. Agora, conforme o secretário, uma das oito novas câmeras instaladas na cidade está exatamente naquele ponto.
Patrícia Beck (PTB) indagou como o GGI trabalha a integração com entidades do Município. Outra questão abordada pela parlamentar foi o aumento, neste ano, do número de assaltos em Canudos pela falta de efetivo nas ruas. A vereadora disse que os comerciantes estão deixando de registrar casos devido à recorrência dos incidentes. Ela apontou que houve uma redução expressiva no pagamento de horas-extras aos policiais militares, o que justificaria a falta de efetivo da BM nas ruas.
Por sua vez, o vereador Luz afirmou que “o maior problema da bandidagem é a questão das leis, não a hora-extra”. De acordo com Farias, o efetivo da BM tem uma defasagem de quase 50%, que era parcialmente coberta pelas horas-extras, retiradas em 1° de janeiro. “As horas-extras fazem falta, sim”, disse Farias.
Ao responder o questionamento da vereadora, Mauro esclareceu que participam do Gabinete de Gestão Integrada somente instituições públicas, as quais recebem demandas da sociedade civil, como o grupo Pensando Novo Hamburgo e associações de bairro. Quanto ao policiamento, afirmou Mauro, foi realizado convênio com o governo estadual de policiamento comunitário, e Canudos recebeu dois núcleos.
Roger Corrêa (PCdoB) pediu que Mauro relatasse algumas ações de prevenção à violência. Mulheres da Paz e Protejo são dois projetos adotados na Vila Diehl, segundo o secretário. Ele exaltou também o trabalho realizado no Território de Paz do bairro Santo Afonso, que conta com a Praça da Juventude. “Sabemos que já foi muito pior, pois em 2012 tínhamos índices inaceitáveis.” Segundo Mauro, que mencionou também a importância do Projeto de Justiça Comunitária, essas ações precisam ser ampliadas para outras regiões.
Raul Cassel (PMDB) confessou ter ficado descrente da eficiência do sistema de vigilância por câmeras, mencionando um episódio no qual entrou na sala de monitoramento da Guarda Municipal e não havia nenhum controlador no local. Ele pediu atenção ao espaço no entorno da Unimed, nas ruas Benjamin Constant e Tupi, e controle das proximidades das escolas para combater o tráfico de drogas. O parlamentar falou ainda sobre o descaso com as Praças Punta Del Este e Imigrante.