Secretário Roque Werlang expõe problemas da negociação salarial
Conforme Werlang, mesmo com os problemas financeiros, o Executivo buscou oferecer o melhor reajuste aos servidores, tomando como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Também falou que são prioridades no município saúde e educação.
Questionado pelo Professor Issur quanto ao aumento do Fundeb e a diminuição dos gastos com pessoal, explicou que o aumento do fundo, que é um repasse estadual, se deveu principalmente ao aumento de infraestrutura. E a diminuição de gastos com pessoal se deveu principalmente à retirada da fundação de saúde da folha - isso fez com que a folha fosse de 51%, em 2009, para 41%, atualmente. Segundo Werlang, também a municipalização da saúde se tornou um corredor, no qual o dinheiro que entra, sai imediatamente com destino marcado.
Raul Cassel (PMDB) questionou como a Prefeitura descobriu o índice de 5% oferecido inicialmente aos professores, quando o INPC oficial foi de 8,416%. O vereador também perguntou por qual motivo para alguns funcionários da Comusa foi oferecido 8,41% de repasse salarial. Cassel apresentou ainda uma série de índices de reajustes municipais de ordem muito acima de 5% e perguntou sobre o parcelamento do dissídio, considerado ilegal. Enio Brizola (PT) pediu aparte para lembrar que já houve parcelamento em 1996, 1997, 2001 e 2003. Gerson Peteffi (PSDB) insistiu que o parcelamento do dissídio é ilegal. Em resposta, o secretário lembrou que existem pareceres favoráveis e contrários ao parcelamento. Quanto aos índices de reajuste, a resposta foi que este é o máximo que cabe no orçamento atual.
Inspetor Luz (PMDB) questionou o gasto com publicidade no valor de R$ 3,35 milhões. O secretário lembrou a importância da publicidade, principalmente no que diz respeito a publicações legais. Patrícia Beck (PTB) questionou a falta de clareza de onde vem a dotação orçamentária para a publicidade. Ela indagou como o secretário fala em prioridade na saúde e educação se há casos diários de mau atendimento. Como exemplo citou a falta de R$ 5 mil para conserto de uma ambulância.
Sergio Hanich (PMDB) lembrou que no ano passado foi aplicado 43,83% em pessoal e perguntou no que representaria o percentual de 8,43% do aumento dos servidores. Werlang disse que o impacto anual seria de cerca de R$ 3 milhões.
Considerações finais
Em suas considerações finais, o secretário ressaltou, mais uma vez, que o percentual oferecido é o maior que a Prefeitura pode oferecer no momento atual. Falou de uma proposta de 7,1%, não parcelada, que também foi rejeitada pelos professores.