Secretário e arquiteta falam sobre revitalização das bancas da Pedro Adams

Finck afirmou que o centro é o lugar comum de toda a sociedade. “Realmente, hoje o centro de Novo Hamburgo precisa de intervenções de toda a ordem. O secretário de Obras já está fazendo melhorias nos banheiros.” Inspetor Luz (PMDB) perguntou se as bancas serão demolidas. “Não, elas estão tombadas. Apenas podem ser revitalizadas.”

Gerson Peteffi (PSDB) também apontou que há uma série de problemas no local, como o uso de drogas. Finck ponderou que são problemas complexos, que abrangem o trabalho de diversas secretarias. Sergio Hanich (PMDB) afirmou que é necessário convocar uma audiência pública para tratar destas questões.

“Onde o estado não está presente, se estabelece o caos na segurança”, disse Luiz Fernando Farias (PT). Segundo ele, quando havia mais policiais no local, os problemas de segurança eram bem menores. “A questão não é tão complexa. É uma medida urgente que deve ser retomada.”

Projeto

A arquiteta Rosaura Berg Giordano, que trabalha na Prefeitura, apresentou o projeto de revitalização das bancas. Ela disse que essa e outras propostas de revitalização urbana foram desenvolvidas ao longo dos últimos anos e acompanhadas pela comunidade através de audiências públicas. “Não é só um programa de revitalização, mas também de prevenção da violência.”

Rosaura mostrou no telão o projeto para as bancas. “Vamos melhorar a ambiência, requalificar os pisos e os jardins”, destacou. Serão feitos novos banheiros públicos, a pracinha mudará um pouco de lugar, e será implantada uma academia para a terceira idade. “A parte do espelho d'água será elevada, para apresentações.” Haverá outro espelho d'água, menor do que o atual.

Questionamentos

O presidente da Câmara, Antonio Lucas (PDT), perguntou se já há uma licitação em andamento. Rosaura disse que sim. “Estamos na fase de conclusão dos termos de referência para licitar os projetos executivos, que são os detalhamentos do projeto básico.”

“Há previsão de início e conclusão das obras”, quis saber Naasom Luciano (PT). Rosaura explicou que ainda há contratações para se fazer. “Não temos como fazer uma previsão agora.” Depois da escolha da empresa que fará os projetos executivos, será dada a ordem de início e a empresa terá cinco meses. Com os projetos prontos, haverá ainda um tempo para conferência dos orçamentos e ajustes necessários. “Depois disso, é a licitação da obra.”

Patrícia Beck (PTB) perguntou se já foram definidas as ruas que serão revitalizadas primeiro. “O que define de que forma serão feitas as obras são os projetos e o edital”, explicou Rosaura.

Luiz Fernando Farias (PT) perguntou se há, no plano, ações que beneficiem a rua Magalhães Calvet e o Calçadão. “Sim, ambos fazem parte. E há um projeto lindo para a rua Cinco de Abril”, respondeu a arquiteta, citando ainda outros pontos que devem ser revitalizados.

Cristiano Coller (PDT) sugeriu o fechamento da área atrás do receptivo turístico. “Foram as audiências públicas que definiram o que seria feito. O projeto veio de uma coletividade. E agora, como arquiteta, acho que não se deve cobrir, pois o objetivo de uma praça é usufruir o clima, os passarinhos...”, ponderou a arquiteta.

Sergio Hanich (PMDB) questionou se os comerciantes que hoje atuam nas bancas serão mantidos. Rosaura disse que isso ela não sabe responder. Raul Cassel (PMDB) apresentou preocupação semelhante. “Eles estão temerosos. Quem pode nos dizer?” Issur Koch (PP) sugeriu uma reunião entre os comerciantes e os responsáveis, intermediada pela Câmara.

Gerson Peteffi (PSDB) perguntou se, durante as obras, os comerciantes poderão seguir trabalhando. “Para responder isso, preciso dos projetos executivos, que são o detalhamento da obra. Quando tivermos os projetos executivos teremos um cronograma e um plano de trabalho.”

O líder do governo, Roger Corrêa (PCdoB), relatou que a procuradora do Município já se reuniu com os comerciantes e está à disposição dos vereadores para prestar esclarecimentos sobre a licitação que deve ser realizada para a utilização das bancas.

Issur também quis saber se há a possibilidade de trazer a maria-fumaça de volta à praça e se a concha acústica será colocada em outro lugar. Rosaura disse que não tem como responder sobre a concha acústica. “Não está mais sob a minha alçada.” Com relação à maria-fumaça, disse que, se essa for uma demanda da comunidade, é possível trazê-la de volta, sim. “A Trensurb talvez tenha ainda vagões e dormentes para ceder. Acho que é só uma questão de verificar com a equipe técnica e colocar no detalhamento. Aquela que se tinha, contudo, deteriorou.”

Jorge Tatsch (PPS) disse que não foi feita a drenagem da quadra de areia da praça do Loteamento Nações Unidas. “As crianças não conseguem brincar ali. Queria pedir a gentileza de que isso fosse verificado.” Rosaura se comprometeu a ver o que pode ser feito sobre este problema.