Secretário de Saúde fala sobre mudanças no sistema de marcações
Pacheco ponderou que essa situação gera algumas dificuldades, pois são 12 a 13 mil pedidos de consultas que terão de ser reavaliados. Todas as pessoas estão sendo chamadas. “O Estado tinha nos informado que o sistema antigo já estaria fora do ar no dia 1º de julho. Mas, acredito que pela pressão dos municípios, ele continua funcionando.”
A técnica do sistema GEICOM, Cristiane Auler, leu na tribuna a portaria sobre as reavaliações, enviada à secretaria municipal pelo governo do Estado. “O paciente até agora vai ser pontuado”, salientou, explicando que quem tiver menos pontos ficará para trás na fila. Ela também fez uma demonstração do novo sistema, que é interligado ao cartão SUS, por meio do telão.
Falas e questionamentos dos vereadores
Sergio Hanich (PMDB) disse que os cidadão estão com muitas dívidas. “O povo não aguenta mais.” Cristiane disse que já foram feitas várias reuniões com coordenadores dos postos de saúde, para que essas informações sejam repassadas aos médicos. Porém, ela disse, cerca de 70% das cartas recebidas pela secretaria devem ser retornadas, pois faltam informações necessárias para o novo sistema, inclusive CID (Classificação Internacional de Doenças).
Patrícia Beck (PPS) disse que recebe muitas reclamações de falta de médicos – e que, por isso, alguns profissionais não estejam dando conta do trabalho. Raul Cassel (PMDB), que é médico da rede pública, apontou que o extravio de documentos acontece com frequência. Além disso, prosseguiu, os profissionais da rede terceirizada não preenchem nenhum documento. “E o sistema que a Prefeitura usa não tem o CID da maioria das doenças, só das mais comuns, sendo que a internet não é disponibilizada para os profissionais dos postos.” Ele também disse que o sistema de pontos é cruel, pois problemas como pedra da vesícula causam muito sofrimento, mas podem significar uma baixa pontuação.
Enfermeiro Vilmar (PDT) sugeriu a realização de reuniões com os médicos. Fufa Azevedo (PT) ponderou que, de fato, faltam médicos na rede – mas que há casos de pessoas que fizeram concurso mas não aparecem para trabalhar. Enio Brizola (PT) lamentou a troca do sistema pelo governo estadual pois, segundo ele, isso sobrecarrega os funcionários que já trabalham com uma situação precária.
Gerson Peteffi (PMDB) contou que é médico da rede municipal há mais de 30 anos, e não pelo salário. Ele disse que a questão é que uma pessoa com pedra na vesícula não pode seguir esperando seis meses por uma solução. “Temos de resolver esses problemas em nossa cidade, não podemos mais enviar esses pacientes a outra cidade. Hemorroida, pedra na vesícula, pedras nos rins, tudo isso deveria ser feito aqui. Essas coisas básicas gerariam menos cartas e menos problemas. Peço também um concurso público mais digno para profissionais de medicina resolutiva.”
Professor Issur Koch (PP) perguntou sobre a retomada de serviços de odontologia no bairro Guarani, e o secretário pediu um dia para dar uma resposta. Naasom Luciano (PTB) agradeceu a dedicação do secretário. Patrícia fez ainda outros questionamentos, como a situação da saúde mental. “E temos três ambulâncias brancas paradas. Sei que uma tem de ser reserva, mas outra poderia estar à disposição dos dois maiores bairros da cidade.”
Sergio Hanich (PMDB) disse que sempre foi bem atendido por Pacheco e perguntou porque o governo do Estado não aceitou migrar a lista de pacientes entre os dois sistemas. O secretário apontou não ter uma resposta quanto aos motivos que impossibilitam as migrações. Raul Cassel (PMDB) disse que os médicos da rede não são chamados pela secretaria para reuniões, apenas recebem memorandos. “E a burocracia da pasta está tenebrosa.” O vereador voltou a cobrar o envio das cartas de contra-referência.
Roger Corrêa (PCdoB) perguntou quantas equipes da saúde da família atuam hoje na cidade. Pacheco disse que são, hoje, 43 equipes, que cobrem mais de 60% da população. O secretário sugeriu a realização de uma reunião com ele, os integrantes da Comissão de Saúde da Casa e os responsáveis pela Fundação de Saúde, para que algumas demandas sejam analisadas uma a uma.
Cristiano Coller (Rede) perguntou sobre o atendimento em dermatologia. O secretário disse que uma nova contratação deve assegurar cerca de 100 atendimentos por mês. O vereador quis saber ainda como está a concretização da lei que proíbe ligações com número restrito pela Central de Marcações do Município.
Ponderações do secretário
O secretário disse ter ficado contente com as colocações dos vereadores. “De fato, a medicina de Novo Hamburgo não consegue atender dentro da necessidade de sua população, mas a gente vem caminhando. Concordo com a fala de Peteffi, mas não podemos negar que avançamos.” Sobre questão do novo sistema, Pacheco apontou que haverá, sim, uma demora nas reavaliações, devido às limitações da rede. Foi realizado um concurso há alguns dias, e os médicos estão sendo chamados. De acordo com o secretário, algumas possibilidades estão sendo estudadas pela pasta. “Não posso dar prazo agora, mas estamos avaliando.”
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