Secretário de Meio Ambiente responde a dúvidas de vereadores

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 20h03
29/05/2012 - O secretário municipal de Meio Ambiente, Ubiratan Hack, participou da sessão desta terça-feira, 29, a convite de Raul Cassel (PMDB). O vereador explicou que o objetivo era sanar dúvidas sobre a atualização do código ambiental de Novo Hamburgo (Lei Municipal nº 131/1992).

Hack destacou que sua pasta busca mudar a cultura dos cidadãos para, depois, modernizar a legislação. Entre as ações em curso estão a aproximação do usuário ao Poder Público e o Plano Rio Vivo, uma parceria com a Feevale que deverá disponibilizar um grande banco de dados sobre o Rio dos Sinos. “Também temos o CataVida, que faz do resíduo um meio de
inclusão social.”

A partir de um levantamento realizado pelo Movimento Roessler, sabe-se que Novo Hamburgo perdeu nos últimos 10 anos mais de 40 mil árvores. Por isso, a secretaria também está trabalhando em um plano de arborização, que deverá ser incluído no Plano Diretor.

Questionamentos

O secretário da Comissão de Meio Ambiente, Luiz Carlos Schenlrte (PMDB), perguntou sobre uma possível dragagem do Rio dos Sinos. O secretário disse que não basta fazer isso, pois o grande problema é a ausência de banhados, os quais deveriam funcionar como o pulmão do rio. Por isso, está se estudando a construção de açudes ao longo do curso d'água.

Jesus Maciel (PTB) apontou que há muitas árvores que caem no rio e quis saber se está prevista uma limpeza. Hack destacou que o Município não tem competência para fazer intervenções no rio – pode apenas chamar a atenção do Estado. Ele ressaltou, entretanto, que muitos estudiosos não são a favor desse tipo de ação.

Matias Martins (PT), presidente da Comissão de Meio Ambiente, pediu detalhes sobre o plantio de árvores previsto como compensação ambiental pela extensão do trensurb. “No bairro Roselândia já vemos um grande cinturão. O consórcio tem um cronograma, agora vamos iniciar em outros bairros. Mas um cuidado que temos é com a época da estiagem: se plantarmos
agora, as mudas não vão sobreviver”, respondeu Hack.

Sergio Hanich (PMDB) falou sobre um vazamento que ainda não foi solucionado no bairro Hamburgo Velho, mesmo depois de a Comusa ter sido avisada. Ele também lamentou que o lodo gerado pelo tratamento de água não seja tratado. O secretário frisou que a cidade realmente não trata esse resíduo, mas há projetos para solucionar esse problema.

Carlinhos questionou se não serão tiradas as ervas de passarinho das árvores. Segundo o secretário, muitos biólogos sustentam que isso não é necessário. Cassel perguntou se é verdade que a ponte na avenida dos Municípios não é feita devido à presença de couro no terreno. Hack disse que já foi encontrado couro em alguns pontos, e que os responsáveis deverão ser chamados para limpar a área. “Não sei, porém, se isso está atrapalhando a fundação da ponte”, disse. O vereador também apontou que há reclamações de demora em licenciamentos. Hack explicou que, em muitos casos, não está claro de quem é a competência – e que o assunto será tema de um debate para resolver o problema.

Ito Luciano (PMDB) relatou ter visto, na região de Rolante, a substituição de pínus por eucaliptos. “Mas temos sentido que essa espécie é uma das maiores secadoras de vertentes.” O parlamentar perguntou se há alguma ação por parte do Poder Público para impedir isso. O secretário lembrou que existe uma lei específica que rege a plantação de eucaliptos.
“É preciso haver licenciamento.”

Volnei Campagnoni (PCdoB), que é servidor municipal e trabalha na secretaria do Meio Ambiente, explicou que a demanda de podas é muito grande, e que há diversas questões envolvidas. Antonio Lucas (PDT) elogiou a atuação de Hack e o quadro da pasta.