Secretaria de Educação responde a questionamentos sobre troca de gestão na escola Paulo Sergio Gusmão

por melissa — última modificação 16/10/2020 20h03
30/11/3016 – A secretária municipal de Educação, Cristiane Souza Costa, participou da sessão desta quarta-feira, 30, para prestar esclarecimentos sobre a mudança de gestão na escola Paulo Sergio Gusmão, que é atualmente administrada pela Associação Evangélica de Ação Social em Novo Hamburgo (Aevas). “Não queremos a terceirização, utilizamos esse recurso por necessidade. Não é a nossa ideia privatizar as escolas municipais e, por meio de planejamento, iniciamos o processo de retomada”, disse a responsável pela pasta.

Cristiane afirmou que não faltam professores na rede de educação municipal. “E vocês podem ter certeza que as crianças serão muito bem atendidas.” Porém, o sucesso do processo de transição da equipe não depende apenas dos profissionais, mas também das famílias, ponderou a secretária.

Patrícia Beck (PPS) lamentou a falta de comunicação que, segundo ela, está marcando a transição. A vereadora também leu um parecer da psicóloga voluntária da escola, a qual falou sobre o possível impacto da troca de todo o corpo docente no desenvolvimento das crianças. Por fim, questionou os critérios que levaram à escolha da Paulo Sergio Gusmão para iniciar essa mudança.

A secretária explicou que a Paulo Sergio Gusmão é uma das mais acessíveis aos professores concursados, então, um dos critérios da escolha foi a localização. Ela apontou ainda que os informações sobre a transição já foram repassadas à equipe da nova administração municipal.

Raul Cassel (PMDB) lembrou que, por anos, a terceirização foi questionada – mas o trabalho da Aevas sempre foi considerado bom. Ele disse não aceitar o critério da localização, e perguntou por que o processo começou tão no fim do ano. De acordo com Cristiane, de fato não houve nenhuma queixa do trabalho dos profissionais da Aevas, que contam sempre com o apoio da equipe da secretaria. “A localização e o número de professores foram os critérios”, repetiu.

Sergio Hanich (PMDB) perguntou se essa mudança vai representar economia para o Município. Enio Brizola (PT) sugeriu a criação de uma comissão de pais para falar sobre o tema com a prefeitura. O presidente da Câmara, Antonio Lucas (PDT), sugeriu deixar esse problema para a próxima administração. Cristiane disse que a atual gestão municipal está mantendo o que havia sido planejado, mesmo tendo perdido as eleições.

Professor Issur Koch (PP) disse ter sido sempre contra a terceirização, mas que entende a preocupação dos pais. “Como professor concursado em outra cidade, não posso dizer que vai ocorrer uma tragédia a partir de janeiro.” Ele perguntou a quantidade de professores que esperam ser chamados e qual a vigência do concurso atual. A secretária disse que o concurso foi em 2015, sendo que 403 professores de 20 horas e 543 de 40 horas esperam para começar seu trabalho na rede hamburguense. “Então, para cada professor demitido, teremos professores sendo chamados, e que terão salários maiores”, refletiu o vereador. Ele colocou a Comissão de Educação da Casa à disposição para ajudar a intermediar o diálogo entre Prefeitura e famílias.

Representantes dos pais dos alunos também fizeram diversas perguntas, como de qual forma será feita a adaptação. Segundo a secretária, sempre é feita uma adaptação com os alunos na rede municipal, porque as crianças sempre trocam de professores de um ano para outro.

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