Saneamento básico é tema de audiência pública nesta quinta-feira

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 20h03
17/03/2016 – Na noite desta quinta-feira, 17, foi realizada audiência pública sobre a Campanha da Fraternidade 2016, realizada, de forma ecumênica, sob o tema “Casa comum, nossa responsabilidade”. O requerimento foi feito pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa do Consumidor, formado por Roger Corrêa (PCdoB), Enio Brizola (PT) e Enfermeiro Vilmar (PDT). Secretário do grupo, Brizola presidiu os trabalhos. Antes do início das falas, o coral formado por integrantes do programa CataVida fez uma apresentação. Eles cantaram o Hino dos Catadores e outras canções.

Brizola frisou que a Campanha da Fraternidade deste ano não diz respeito apenas ao povo católico, mas a todas as pessoas. “Quando nós da comissão ficamos sabendo do tema, ficamos muito felizes”, disse. Ele falou ainda sobre o risco gerado pelo lixo depositado nas ruas, principalmente nas margens dos arroios. “A ideia desta audiência é chamar a atenção da comunidade para esta problemática que o mundo enfrenta.” Por fim, o vereador pediu uma salva de palmas para todos os catadores hamburguenses.

O diretor da Cáritas Diocesana, padre Flávio Corrêa de Lima, afirmou que a campanha é ecumênica porque o desafio é construir uma “casa comum” para todos os seres vivos. “O objetivo é assegurar o direito ao saneamento básico. Todos nós somos chamados a assumir o compromisso com o irmão e a natureza.” Ele, então, mostrou um vídeo sobre o assunto, com depoimentos de diversos líderes religiosos.

A professora Luciana Paulo Gomes, líder do grupo de pesquisas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) sobre engenharia sanitária, explicou que o saneamento básico tem a ver com coleta e distribuição de água potável, coleta e tratamento de esgoto sanitário, gerenciamento de resíduos sólidos e drenagem urbana. Segundo ela, isso nos ajuda a controlar fatores que podem causar danos ao nosso bem-estar físico. A professora apontou que, no Brasil, ainda há muitas deficiências nesse setor. “Ainda temos pessoas que consomem água sem tratamento”, exemplificou, destacando que investimentos em tratamento de água e esgoto representam grandes economias em saúde.

O engenheiro civil Eleodoro Escandiel, representando a diretoria de Esgotos Pluviais, contou que, no passado, a vegetação retinha a água da chuva. Tempos atrás, porém, a devolução da água aos arroios acontecia muito rapidamente, o que gerava alagamentos. Agora, o Município está implantando bacias de retenção para reduzir as cheias. Para evitar cheias do rio, por outro lado, são utilizados diques e casas de bombas. Ele chamou a atenção, porém, para a grande quantidade de lixo encontrada no sistema de esgoto pluvial da cidade. “Isso acaba causando entupimento e, logo, transbordamento em algumas áreas.”

O presidente do Serviço Ecumênico de Novo Hamburgo, reverendo Ives Vergara, falou sobre um encontro de pajés, em São Paulo, quando esses líderes choraram a morte do rio Tietê. “Parece que perdemos a capacidade de compaixão, de misericórdia, de sentir dor no coração quando maltratamos os rios.”

Após essas explanações, foi aberto espaço para questionamentos. Alexandre Flores, entre outras coisas, sugeriu a colocação de grades nas bocas de lobos. Escandiel explicou que essa alternativa foi implementada em Novo Hamburgo há alguns anos, mas não foi bem-sucedida. “A gente continua tentando encontrar uma solução.” Muitos outros participantes fizeram perguntas, principalmente aos representantes da Prefeitura.

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