Samu de Novo Hamburgo é homenageado
Vilmar contou que, em 2005, o Samu de Novo Hamburgo foi inaugurado, o segundo no Rio Grande do Sul. Segundo ele, os profissionais que formam a equipe são bastante unidos – e já salvaram muitas pessoas. Além disso, muitas vítimas de acidentes apresentam hoje menos sequelas, porque o serviço foi chamado e fez e tudo para atender o paciente da melhor forma possível. “Falar em Samu é falar em vidas.” O vereador destacou também a grande qualidade técnica apresentada por Agostini, que sempre passou seus conhecimentos adiante. “Meu muito obrigado, e conte sempre com essa Casa.”
“Como a população de Novo Hamburgo e da região vivia antes de ter o serviço prestado pelo Samu?”, questionou Naasom Luciano (PT). Ele relatou a atenção que sua família recebeu quando sua avó teve um AVC. “Posso falar de cadeira da qualidade desse serviço. Essa equipe é formada por heróis.” O vereador também lamentou os trotes recebidos pelo 192.
Raul Cassel (PMDB) afirmou que a instalação do Samu em Novo Hambugo foi um avanço. Ele lembrou que, antes, havia o Chame Vida, que prestava um serviço semelhante, mas em menor escala. “O 192 talvez seja um dos números mais conhecidos. E a equipe que está lá é muito preparada: cursos preparatórios, treinamento continuado, capacitação, revisão de equipamento... E sei que muitas vezes o pessoal lá dentro fez vaquinhas para comprar material.” O vereador contou ter sido colega de faculdade de Agostini. “Ele era aquele cara que brigava, discutia, mas tinha uma causa: estava defendendo a saúde pública.”
Professor Issur Koch (PP) contou que já teve muita vontade de ser socorrista – mas, quando servia na Força Aérea e teve a oportunidade de socorrer uma pessoa acidentada, acabou desmaiando. “Aprendi que salvar vidas não é profissão, é vocação. Não tem como homenagear o Samu sem homenagear as pessoas que formam o Samu.”
“O pessoal que trabalha na urgência e emergência deveria ter uma remuneração melhor”, afirmou Gerson Peteffi (PSDB), que é médico da rede municipal. “É muito difícil trabalhar com saúde pública. Mas estamos lutando, pois é uma vocação.”
Roger Corrêa (PCdoB) frisou que o SUS foi criado com a Constituição de 1988. “Qualquer coisa com essa grandiosidade tem seus desafios. Mas temos muitos êxitos. O Samu vem dando certo, o que não significa não ter problemas: falta remuneração, faltam equipamentos... Contudo, apesar de tantas dificuldades, temos um serviço de referência. ”
Após as falas dos vereadores, Naasom Luciano leu um ofício enviado pelo Poder Executivo, cumprimentando os profissionais do Samu. Então, Vilmar entregou uma placa comemorativa ao enfermeiro Edenilton Bittencourt, coordenador da Enfermagem do Samu. Ele agradeceu a homenagem estacou que o atendimento funciona 24 horas por dia. “Nós atendemos urgências e emergências, e contabilizamos de 500 a 600 atendimentos por mês em Novo Hamburgo. Destes 37% são vítimas de traumas, no trânsito ou em casa.” Por fim, Bittencourt deixou um conselho para todos: “Viva o hoje, valorize sua família e seus amigos, a vida é muito preciosa para ser desperdiçada.”
Agostini contou que essa modalidade médica surgiu na época de Napoleão, com carruagens que buscavam feridos nos campos de batalha. Também na França foi criado o modelo de serviço de atendimento móvel de urgência. Em Novo Hamburgo, antes da chegada do Samu em 2005, havia o Chame Vida, uma parceria entre a prefeitura e o Corpo de Bombeiros. Nestes 10 anos, ele calcula que já foram feitos entre 85 mil a 100 mil atendimentos.