Rua no Boa Saúde lembrará ex-prefeito Plínio Arlindo de Moura

por melissa — última modificação 16/10/2020 20h03
1º/11/2012 – A rua II do Loteamento Residencial Parque Novo Hamburgo, via pública sem denominação oficial que se inicia na estrada que vai a Portão e segue em direção aproximada sul até a rua VII do mesmo loteamento, situada no Bairro Boa Saúde, se chamará Plínio Arlindo de Moura. O Projeto de Lei nº 76/2012, de Ricardo Ritter – Ica (PDT), foi aprovado em segundo turno nesta quinta-feira, 1º.

José Inácio, filho de Plínio, acompanhou a sessão. Ele agradeceu a lembrança e destacou que havia sugerido o projeto ao secretário de Habitação, Juarez Kaiser, que levou a ideia a Ica. Ele agradeceu a iniciativa em nome de sua família e lembrou que seu pai foi uma pessoa bastante avançada para sua época.

Ica destacou que o antigo prédio da Prefeitura, hoje sede da Central de Polícia, também leva o nome de Plínio Arlindo de Moura. O vereador lembrou que, em sua administração, Moura promoveu um concurso público para o projeto do espaço, algo inédito até então. “Ele também foi um desbravador, ampliando a cidade. Abriu a estrada até Lomba Grande e construiu o Aeroclube.”

Emenda

Também foi aprovada emenda, de autoria de Ica, estabelecendo que a placa denominativa deverá conter os dizeres 'Rua Plínio Arlindo de Moura – ex-prefeito de Novo Hamburgo' ”.

Histórico

Plínio Arlindo de Moura – que ganhou o título de Cidadão de Novo Hamburgo em 1983 – nasceu em 1909 em São Sebastião do Caí. Em meados de 1934 compôs o triunvirato de fundadores do Núcleo Municipal de Ação Integralista Brasileira. Em 1935, por ocasião das primeiras eleições gerais no País, candidatou-se a vereador pela Ação Integralista Brasileira, não se elegendo. Em meados de 1945 iniciava-se o processo de redemocratização do País, surgindo novos partidos, entre eles o Partido de Representação Popular, que congregou todos os antigos integralistas. Nas eleições realizadas em 1947, Moura elegeu-se vereador com 503 votos.

Em 1º de janeiro de 1951, assumiu a prefeitura de Novo Hamburgo. Permaneceu no cargo até 31 de dezembro de 1956. Durante sua gestão, o vice-prefeito foi Alzir Schmiedel. Criou a Biblioteca Pública Municipal, o Matadouro Municipal, instalou feiras livres e armazéns populares de gêneros de primeira necessidade, distribuídos pelos diferentes bairros, o que mais tarde foi transformado no atual Samas. Instalou também o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência em convênio com o Samdu. Construiu várias pontes de concreto sobre o Arroio Luiz Rau, iniciou a abertura da estrada que liga a sede municipal ao distrito rural de Lomba Grande, e perfurou diversos poços artesianos nos bairros para o fornecimento de água potável à população.

Jornalista, colaborou por um longo tempo com o jornal local 5 de Abril, além de ter passado por outros veículos, como a Gazeta de Novo Hamburgo, O Hamburguês e Jornal NH. Presidiu por dois anos a Associação de Contabilistas de Novo Hamburgo - da qual foi um dos fundadores. Fundou a Associação de Pais de Excepcionais e foi Presidente da Sociedade Ginástica Novo Hamburgo.

Foi casado com Maria Lucinda de Moura e teve quatro filhos: Maria de Lurdes, Maria Inês, Luis Antônio e José Inácio.

Leia aqui o PL nº 76/2012 completo.

 

Para o projeto virar lei

Para que um projeto se torne lei depois de aprovado em segunda votação, ele deve ser encaminhado à Prefeitura, onde poderá ser sancionado e promulgado (assinado) pelo prefeito. Em seguida, o texto deve ser publicado, para que todos saibam do novo regramento. Se o documento não receber a sanção no prazo legal, que é de 15 dias, volta para a Câmara, que irá fazer a promulgação e ordenar a publicação. Quando isso ocorre, é dito que houve a sanção tácita por parte do prefeito.

Há ainda a possibilidade de o projeto ser vetado (rejeitado) pelo prefeito. Nesse caso, o veto é analisado pelos vereadores, que podem acatá-lo, e então o projeto não se tornará lei, ou derrubá-lo, quando também a proposta será promulgada e publicada pela Câmara.