Psicóloga fala sobre cobranças sofridas pelas mulheres

por danielesouza — última modificação 16/10/2020 20h03
07/03/13 - A psicóloga Cris Manfro participou da sessão desta quinta-feira, 7, para falar sobre o Dia Internacional da Mulher. O convite foi feito por Raul Cassel (PMDB) e aprovado por todos os vereadores. Ela disse que nada justifica que as mulheres de hoje sejam mais ou menos felizes do que as mulheres de antigamente. Mas o fato é que hoje elas estão mais estressadas. “Temos que ser também modelos profissionais e estéticos. E, ainda por cima, as mulheres são as responsáveis pela chamada pseudo-harmonia: ou seja, pode fazer tudo o que quiser, desde que faça tudo em casa.”

Cris apontou que a carreira e a vida afetiva não são excludentes. “O homem também evoluiu, ajudando nas tarefas domésticas.” Contudo, frisou que a delicadeza ainda às vezes fica de lado, como uma forma de os homens se imporem. Ela destacou ainda a importância da coragem – que não é inata, mas criada a partir do enfrentamento de situações difíceis – e que muitas mulheres sofrem com culpa por não se sentirem boas o suficiente. “Hoje, a cobrança é enorme.”

Autoestima foi outro tópico abordado pela profissional. “Não se deve insistir em ser o que não se é. E não devemos perder tempo nos queixando da vida.” Por fim, Cris disse que não devemos querer ser perfeitos, mas pessoas melhores – sem tanta disputa. A psicóloga indicou ainda o filme “A dona da história”, que trata da abnegação feminina.

A vereadora Patrícia Beck (PTB) leu um texto de Martha Medeiros sobre o conceito de “mulherão”. De acordo com a crônica, o mulherão é aquela que enfrenta ônibus para ir trabalhar, cuida da casa, faz malabarismo com o orçamento, cuida dos filhos e faz diversas outras coisas importantes.