Projeto de Serjão busca ampliar a transparência na rede municipal de saúde

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 20h02
14/10/2015 – O Projeto de Lei Complementar nº 3/2015, de Sergio Hanich (PMDB), que altera o Código Municipal de Saúde (Lei Complementar nº 177/1997), foi aprovado em primeiro turno nesta quarta-feira, 14, por unanimidade. Com a mudança, a Central de Marcações deverá divulgar, no Portal da Transparência, as listagens dos pacientes que aguardam consultas com especialistas, exames e cirurgias na rede pública de saúde municipal. Para garantir o direito de privacidade dos pacientes, eles deverão ser identificados por meio da numeração do Cartão Nacional de Saúde.

As listagens deverão conter data de solicitação da consulta, do exame ou da intervenção cirúrgica, o tempo médio previsto para atendimento e a relação dos pacientes já atendidos. Além disso, devem ser divulgadas as inclusões, exclusões e atualizações, sempre que necessário, e a ordem de inscrição para a chamada, salvo nos procedimentos emergenciais.

De acordo com o texto proposto pelo vereador, a inscrição em listagem de espera não confere ao paciente ou à sua família o direito à indenização se o procedimento não se realizar em decorrência de alteração justificada da ordem previamente estabelecida.

O vereador destaca que o intuito é enfatizar o direito, assegurado na Constituição Federal, de acesso à informação, bem como o direito à saúde. “Assim, os usuários poderão acompanhar seus próprios encaminhamentos, pois hoje o Município não possui outra ferramenta para isso a não ser o contato por telefone com a Central de Marcações.”

Debate

Antes da votação, Serjão foi à tribuna pedir o apoio de todos os vereadores. “Nós estamos tentando melhorar o Código de Saúde, que é de 1977. De lá para cá, muitas coisas mudaram.” Hoje, segundo o peemedebista, entre a consulta com o clínico geral e o especialista pode passar mais de um mês.

Gerson Peteffi (PSDB) elogiou a iniciativa e sugeriu que não seja explicitado o nome da cirurgia, apenas a especialidade. Patrícia Beck (PTB) apontou que a proposta contribui muito com a transparência. “Na saúde, o direito deve ser igual a todos, não pode haver 'jeitinho'.”

A aprovação em primeiro turno

Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em Plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. É que o resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.

Veja as fotos das sessões e de outras atividades do Legislativo em www.flickr.com/photos/camaramunicipaldenovohamburgo

Assista à TV Câmara no YouTube em www.youtube.com/user/TVCamaraNH

Siga a Câmara no Twitter – @camaranh