Projeto busca evitar troca de favores entre empresas e candidatos

por melissa — última modificação 16/10/2020 20h02
19/03/2015 – Nesta semana, duas propostas começaram a tramitar na Casa. Uma delas é o Projeto de Lei nº 19/2015, de Fufa Azevedo (PT), que proíbe os poderes Executivo e Legislativo municipais de celebrar ou prorrogar contrato com pessoa jurídica ou consórcio de pessoas jurídicas que tenham efetuado doação em dinheiro ou outros bens para partidos políticos ou campanhas eleitorais de candidatos a cargos eletivos. De acordo com o texto, a proibição vale por quatro anos contados da data de doação.

Na justificativa, Fufa destaca que seu objetivo é blindar o Município de Novo Hamburgo e a Câmara de Vereadores da influência do poder econômico nas eleições, proibindo não somente a contratação de empresas doadoras das campanhas dos eleitos, mas também daquelas que doaram a candidatos derrotados. Segundo o vereador, é uma forma de “obstruir a negociação de apoio político e parlamentar mediante negociatas envolvendo doadores de campanhas dessas representações não eleitas”.

Banco de milhagens

O Projeto de Resolução nº 3/2015, de Professor Issur Koch (PP), institui o Banco de Registros de Milhagens na Câmara Municipal. O objetivo é aproveitar prêmios e créditos obtidos por agentes e servidores integrantes do seu quadro de pessoal decorrentes da aquisição de passagens aéreas com recursos públicos. Para tanto, os agentes e servidores deverão, no prazo de dez dias após a prestação de contas relativa às diárias de viagens, encaminhar à Coordenadoria de Finanças Públicas os comprovantes dos créditos de milhagens obtidos em face dos deslocamentos, mediante apresentação de cópia do bilhete de embarque, quando nele houver a indicação respectiva, ou do extrato emitido pela companhia de transporte aéreo que prestou os serviços custeados pelo erário.

Além disso, até o dia dez de cada mês, a Coordenadoria de Finanças Públicas deverá publicar no Portal de Transparência os relatórios mensais com a demonstração das entradas e saídas de pontos do Banco de Registro de Milhagens, divulgando o bilhete de origem e o de destino, com os respectivos usuários. “As milhagens, sendo centralizadas junto à Coordenadoria de Finanças Públicas, poderão ser trocadas por descontos ou revertidas para o Poder Legislativo”, pondera o vereador.

Essa proposta já havia sido apresentada como um projeto de lei, mas Issur formulou agora a ideia em forma de projeto de resolução por sugestão da Procuradoria da Casa.