Profissionais pedem gratificação por responsabilidade técnica

por danielesouza — última modificação 16/10/2020 20h02
03/11/2014 - Um grupo de engenheiros, arquitetos e geólogos da Prefeitura e da Comusa reuniu-se, com os vereadores na noite desta segunda, 3, para apresentar a minuta de um projeto de lei que cria a Gratificação de Responsabilidade Técnica (GRT) para os servidores do Município. A solicitação foi de Sérgio Hanich (PMDB). O diretor-presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado – SengeRS, Alexandre Wollman, definiu como descaso do Prefeitura a falta de diálogo com a categoria, uma vez que o assunto está em pauta há quase um ano. O Projeto de Lei n° 195/2013, que tramitou na Casa, foi retirado pelo Executivo. O presidente Naasom Luciano (PT) afirmou que o Legislativo deverá intermediar um encontro com integrantes do Executivo.

Cristiano Coller (PDT) convidou os demais vereadores a assinar o Requerimento nº 1256/2014, com alguns questionamentos sobre o tema.

A categoria entregou ainda aos vereadores o impacto financeiro, caso a proposta seja aprovado. De acordo com o documento, o valor a ser pago é de 75% do salário básico, que é de R$ 4.669,35, valor abaixo do piso da categoria. Ao todo são 59 profissionais, gerando um custo de R$ 3.331.532,50/ano. Wollman explicou que existe uma demanda enorme de projetos que necessitam da assinatura e fiscalização do profissional responsável, inclusive na área de saneamento. Ele frisou que a maioria dos municípios da região metropolitana já pagam gratificação semelhante.  

O diretor de obras públicas, Dalmar Locateli, ressaltou que os baixos salários pagos pelo Município geram uma grande rotatividade, prejudicando o andamento do trabalho. Na Comusa, citou o engenheiro químico Arlindo Räder, diversos engenheiros foram aprovados no último concurso da Corsan e estão só aguardando a nomeação. 

 O diretor do sindicato frisou que a nova legislação ambiental e de saneamento, somado aos vultuosos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da União, aumentaram muito a demanda de trabalho desses profissionais. “A falta de engenheiros, geólogos e arquitetos pode acarretar na perda de recursos federais, indispensáveis para melhorias na infraestrutura da cidade. E quem perde é a comunidade de Novo Hamburgo.”